Quando chegamos aos 50 anos, nossa pele já reflete o estilo de vida e hábitos que cultivamos durante toda a vida até aquele momento. Para algumas pessoas, isso significa uma pele bem cuidada, com poucas manchas, hidratada e firme. Já para a maioria, o resultado é uma pele caída, pontos escurecidos e o temido “triângulo invertido” – processo em que a região das bochechas fica caída enquanto o queixo e pescoço ficam mais gordinhos.
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Felizmente, o mercado de dermocosméticos, bem como o de tratamentos estéticos para peles maduras, está muito avançado e oferece soluções para as pessoas que querem reverter o processo de envelhecimento de forma eficaz, porém natural.
Segundo a dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a tendência atual é combinar diferentes métodos para rejuvenescer a pele. “Ao associar técnicas, conseguimos um resultado mais efetivo e de maneira mais natural”, diz. Confira as indicações da especialista:
Cremes antiidade
Dra. Carolina recomenda os seguintes componentes por possuírem comprovação científica de eficácia:
Vitamina C: com ação antioxidante, inibe os radicais livres que causam a destruição do colágeno, além de estimular a produção da substância e reverter o dano que já está estabelecido na pele.
Ácido retinóico: estimula os fibroblastos, células produtoras de colágeno. É também hidratante, já que contribui para a retenção de água na pele, causando o preenchimento de sulcos e minimizando as linhas finas.
Ácido glicólico: tem um efeito similar ao peeling, uma vez que afina a epiderme e, desta forma, estimula a produção de pele nova. Auxilia também no fechamento dos poros e deixa a pele com um aspecto mais bonito.
Estética facial
A especialista diz que os tratamentos estéticos atuais apresentam excelentes resultados na inversão do processo de envelhecimento.
Peeling: o tratamento varia de intensidade, podendo atingir desde a camada mais superficial da pele até a mais profunda. “Sua função é eliminar a pele antiga e estimular a produção de novas camadas, que nascem sem manchas, sem linhas de expressão e com a oleosidade controlada”, explica Dra. Carolina.
Preenchimento com ácido hialurônico: “É uma substância já existente na pele, mas que, com o tempo, vai sendo reduzida. Por conta disso, a pele fica caída”, esclarece a dermatologista. Além de corrigir as rugas, o procedimento promove uma volumização global da face, ou seja, repõe o volume das áreas que não têm.
Toxina botulínica: Sua função é causar o relaxamento dos músculos da face para que eles não se mexam e, assim, não marquem a pele. “Toda vez que fazemos um movimento com a face, como sorrir ou franzir a testa, contraímos a musculatura, e a pele acaba enrugando. Quando somos jovens, as rugas são dinâmicas, pois só aparecem quando fazemos estes movimentos. No entanto, com o passar do tempo, de tanto repetirmos o mesmo gesto elas acabam se estabilizando”, explica Dra. Carolina. Segundo a especialista, é importante saber dosar a quantidade de substância injetada para que o músculo fique apenas relaxado, e não paralisado.
Ácido polilático: substância que é injetada na pele e estimula a produção de colágeno. O resultado é progressivo, mas já pode ser observado a partir do terceiro mês após a primeira aplicação.
Laser de CO2 fracionado: similar ao peeling, causa a destruição parcial da pele. “O aparelho é como se fosse um chuveirinho, cheio de furos. Ele faz microperfurações profundas na pele, obrigando a camada que sobrou ao redor a produzir colágeno para tentar recuperar o que foi destruído. É como induzir feridas no organismo para que ele reaja para fechá-las”, compara a dermatologista. O tratamento melhora as manchas e flacidez da pele e, secundariamente, as rugas.
Radiofrequência: aparelho que causa o hiperaquecimento do colágeno, contraindo-o e estimulando sua produção. O resultado é uma pele mais esticada.
Luz intensa pulsada: usada no tratamento de manchas e vasos, consiste em um tipo de luz que tem afinidade com pigmentos. “Com a idade, a pele tem uma alteração pigmentar, principalmente relacionada ao sol, e fica manchada. Há também o aumento de vasinhos, sobretudo em pessoas de pele clara”, esclarece a dermatologista. O laser que emite a luz pulsada destrói os vasos e o pigmento das manchas, além de estimular uma discreta produção de colágeno.
Cirurgia plástica
Dra. Carolina diz que, dependendo do caso, a intervenção cirúrgica é indicada. “Todos esses procedimentos têm um limite de sucesso. Se o paciente tem muita pele sobrando e flacidez excessiva, a melhora não será tão expressiva. Neste caso, a cirurgia plástica é a melhor solução”, diz. A especialista afirma que os tratamentos de estética facial são muito interessantes para postergar os resultados de uma cirurgia, ou então para a prevenção em pacientes que ainda não têm os efeitos do envelhecimento da pele completamente estabelecidos. “É legal também associar. O paciente pode fazer, além da plástica, o uso do laser de CO2 fracionado e do preenchimento com ácido hialurônico, já que a cirurgia não é capaz de corrigir o fotodano e nem de dar volume à pele, apenas irá remover a pele excedente. Essa é a tendência para um resultado mais efetivo e natural”, indica.