Amor volátil
Foi o que aconteceu com o jornalista Marlucio Luna. Com um histórico de cinco casamentos, ele cita a incompatibilidade de interesses e a idealização como fatais para suas relações. A primeira união aconteceu quando Marlucio tinha apenas 17 anos e sua mulher, 25. “Estávamos apaixonados e resolvemos nos casar. Ficamos juntos dois anos, mas era óbvio que não daria certo por causa da diferença de idade“, conclui.
Três anos depois, ele conheceu a segunda mulher, com quem decidiu morar fora do Brasil. “Foi uma experiência muito boa, a gente se dava muito bem, mas chegou um momento em que começamos a ter opções de vida diferentes. Ela queria continuar morando fora e eu queria voltar para o Brasil. Entre a minha felicidade e a felicidade do casamento, optei pela minha e acabamos terminando”, justifica.
A terceira união foi mais estável e resultou em dois dos três filhos do jornalista. “Eu e minha mulher éramos amigos de infância, nos conhecíamos muito bem. Em quatro anos e meio juntos ela deu à luz duas vezes. Mas chegou um momento em que a coisa esfriou. Tudo nessa vida tem prazo de validade, a gente que se esquece de ver a etiqueta”, filosofa. “Um ano e meio depois eu me casei de novo. Ficamos juntos quatro anos e tive mais um filho, mas novamente o casamento acabou”.
TESTE: VOCÊ É DEPENDENTE DE AMOR?
Depois de tantas experiências, Marlucio optou por uma quinta união, mas menos convencional: em casas separadas. “Foi muito ruim. Ela queria morar junto e eu queria morar separado. Até porque, depois de tantos casórios, achei que ficar cada um num canto garantiria uma longevidade maior na relação. Depois vi que não era uma coisa tão fácil de ser aplicada e acabamos terminando. Foi uma experiência tão ruim que hoje em dia nem nos falamos mais, nem considero um casamento”, lamenta.
O currículo de enlaces do jornalista é tão curioso que ele criou um blog especialmente para “discutir relação”, chamado ” Ex-mulher, você ainda vai ter uma“: “Eu fazia brincadeiras sobre como é a vida depois que você diz ´’sim’. Mas não me baseava muito nas minhas experiências, porque sempre me dei bem com as minhas ex-mulheres. Eu pegava histórias dos amigos. Mas o blog não deu certo porque eu conhecia algumas dessas ex-esposas deles e tenho a impressão de que elas não gostaram muito da brincadeira”, diverte-se.
Marlucio justifica a multiplicidade de casamentos à facilidade de estabelecer o compromisso. ” Hoje em dia é muito fácil casar. Você decide ficar junto daquela pessoa porque naquele momento ela tem ideias muito parecidas com as suas. Você acha que vai dividir a vida com ela e que vai dar certo. Só que, com o tempo, tudo muda, as pessoas mudam. E quando a mudança acontece em lados opostos, a relação se esgota. Não acho que é o amor que acaba e, sim, são as pessoas que começam a procurar outros caminhos, o sentimento não dá mais conta”, opina.