Virginia, que constantemente expõe a própria vida e a rotina dos filhos – Maria Alice, de 4 anos, Maria Flor, de 3, e José Leonardo, 1 -, recentemente viralizou ao compartilhar trechos da sessão de terapia da filha do meio.
Em live, a empresária e ex-mulher de Zé Felipe contou que a pequena disse estar se sentindo “barriguda”. “Florzinha, como está o seu coração?”, disse Virginia lendo a análise da filha. “Lanchei demais e estou me sentindo barriguda”, respondeu Maria Flor à psicóloga.
Muitos seguidores criticaram a exposição feita por Virginia a respeito da filha. Contudo, há também outro ponto que chama atenção:
É normal uma criança de 3 anos se importar com o próprio peso?
Não, não é normal – ao menos, não deveria ser. Isso é o que diz Talitha Nobre, psicóloga do Prontobaby, hospital infantil no Rio de Janeiro.
Para ela, a angústia de Maria Flor nada mais é do que um relexo da sociedade machista em que vivemos.
“As crianças não nascem odiando seus corpos. Nós as ensinamos. Vivemos em uma sociedade que tem como representação do feminino o imperativo da beleza”, diz.
Se não tratada, pressão pode ser prejudicial no futuro

O cenário em que uma criança está inserida para crescer e aprender também exerce influência direta na construção da sua personalidade.
Dessa forma, como acontece com muitas, é possível que Maria Flor veja na figura materna, Virginia – alguém que é extremamente ligada à própria imagem e aos padrões de beleza – uma base do que é “ser mulher”, passando a copiá-la automaticamente.

E, assim como a naturalização da adultização da criança – afinal, Virginia apenas achou a filha “inteligente” pela fala na terapia -, o comportamento pode ser prejudicial também na vida adulta.
“Maria Flor ainda não tem um repertório psíquico para lidar com essas questões e, muitas vezes, essa pressão social pode acarretar transtornos alimentares no futuro”, pontua Nobre.







