Por quanto tempo sobreviveríamos a um apocalipse zumbi? A ciência tem a resposta

Desde que estreou, os personagens da série “The Walking Dead” estão há pouco mais de 500 dias lutando para sobreviver do apocalipse zumbi.

Será que, se vida real nós tivéssemos que lidar com uma invasão de zumbis, aguentaríamos por tanto tempo? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Leicester (Reino Unido), nossas chances seriam bem reduzidas: duraríamos cerca de 100 dias, ou pouco mais que três meses.

Milhões de mortos-vivos

Assim como na série da AMC, poucos seres humanos sobreviveriam aos zumbis: por volta de 300 em todo o mundo, segundo os pesquisadores.

Após um período de 1.000 dias, a proporção seria de um ser humano para 1 milhão de zumbis. E, assim como se vê não apenas em “Walking Dead”, mas na maioria dos filmes e séries com zumbis, é bem grande a chance de que, ao morder um humano, ele também se transforme em morto-vivo (90%).

Para chegar a essas conclusões, os especialistas fizeram cálculos com base no modelo SIR, que mede o alcance total de epidemias na população em geral, levando em consideração os que são suscetíveis à infecção, os que já estão infectados e aqueles que já morreram, mas acabam ‘voltando’ por conta do vírus.

“O modelo também considera as taxas em que as infecções se espalham e como os indivíduos morrem ao entrar em contato uns com os outros”, explica a universidade em comunicado.

Extermínio dos zumbis: quanto tempo levaria?

Num cenário otimista, os pesquisadores argumentam que levaria mais ou menos 1.000 dias (mais de 2 anos e meio) para exterminar todos os zumbis.

Para se recuperar de um apocalipse dessa proporção, a humanidade levaria 25 anos, reproduzindo e reconstruindo os locais devastados.

Onde se esconder para sobreviver

Alguns filmes, como “Madrugada dos Mortos” (2004), mostraram que os shoppings centers são grandes palcos de carnificina de mortos-vivos. E os primeiros episódios da 1ª temporada de “The Walking Dead” deixam bem claro porque: por mais que sejam fechados, esses locais estão longe de ser a fortaleza adequada para se esconder dos zumbis.

Um estudo da Universidade Cornell (EUA) constatou que, em locais de população mais densa, como nas grandes cidades, as chances de sobrevivência a um ataque zumbi são praticamente nulas. Por isso, conclui: o melhor lugar para ficar é nas montanhas.

“Dada a dinâmica da doença, uma vez que os zumbis invadem áreas mais escassamente povoadas, o surto tende a diminuir”, disse Alexander Alemi, um dos pesquisadores, à Phys.org, revista especializada em física.

Nas montanhas, segundo ele, “há menos humanos para morder, então começa-se a criar zumbis em um ritmo mais lento”. Essa conclusão indica uma boa pista de sobrevivência: sair por aí atirando em zumbis realmente não é uma boa ideia.

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