5 razões científicas para entender por que a cólica NÃO é “mimimi”

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O comercial de um novo remédio para cólica foi alvo de críticas e polêmica na internet.  A campanha diz que mulheres “#semimimi” são aquelas que estão livres da cólica. Ou seja, a propaganda colocou a cólica menstrual como “mimimi”, que na linguagem da internet significa ‘frescura’.

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É claro que isso não agradou em nada a maioria das mulheres, que escreveram milhares de comentários em repúdio à marca (que tentou se explicar, mas parece que não deu muito certo).

Cólica é assunto sério, atormenta pelo menos 50% das mulheres e pode estar associada a doenças como endometriose, por exemplo.

Já ficou claro que cólica, ou dismenorreia na linguagem médica, não é “mimimi”, mas vejamos 5 razões científicas para derrubar este argumento:

1 – Não é psicológica

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Pode parecer óbvio, mas muita gente, principalmente os homens, acredita que a cólica é meramente psicológica, consequência do mau humor e da fragilidade típicos da TPM, que também é vítima do argumento “mimimi”.

Pois bem, nem a cólica e nem a TPM são psicológicas. As duas são causadas por substâncias, principalmente hormônios, que são liberados durante o período pré-menstrual e menstrual.

A cólica é fruto do aumento da prostaglandina, substância responsável por fazer o útero contrair (o que gera dor) para eliminar as paredes internas que estavam lá para nutrir um possível embrião.

2 – A dor pode se espalhar

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Embora a dor mais comum seja a que fica concentrada na região pélvica, a cólica pode se irradiar para as costas, coxas e pernas durante a menstruação. E, como a dor da cólica é constante, sem momentos de “respiro”, ela pode deixar uma mulher incapacitada de cumprir tarefas básicas do dia a dia.

3 – Pode causar outros sintomas

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Da mesma forma que a cólica pode se irradiar, quando muito forte ela pode causar enjoos, vômitos, dores fortes de cabeça, inchaço e fraqueza.

4 – Existem dois tipos de cólica menstrual

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Segundo a Medicina, a cólica menstrual é dividida em:

  • Cólica primária: é a cólica mais comum, gerada pelo aumento da produção de prostaglandina.
  • Cólica secundária: está associada a outras patologias, como endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.

5 – Pode estar associada a doenças graves

A cólica secundária pode ser sintoma de doenças no aparelho reprodutivo. Por isso, é importante sempre procurar um ginecologista, principalmente se a cólica for muito forte. Dentre as doenças que provocam cólica, a mais comum é a endometriose.

Quando a mulher menstrua está, na realidade, liberando parte do seu endométrio (as camadas internas do útero que se formam para receber e nutrir o embrião).

O que sobra cresce novamente, e mais um ciclo se inicia. Quando algumas partes do endométrio não são eliminadas e tomam o “caminho errado”, se alojando nas trompas e na região abdominal, isso é chamado de endometriose.

Em alguns casos, é preciso intervenção cirúrgica.

Portanto, da próxima vez que for falar que cólica é mimimi, meça suas palavras, parça!