No ritmo de Léo Jaime, “ainda encontro a fórmula do amor”, a ciência avançou consideravelmente na direção das fórmulas matemáticas. A grande notícia da vez é que pesquisadores da Universidade College London publicaram na prestigiada revista Nature a fórmula da felicidade. O cálculo matemático promete nos ajudar a entender como ser feliz. Será?
Cálculo da felicidade
Num estudo que compara como nossas convivências sociais nos afetam, os pesquisadores substituem o nome ‘felicidade’ por um termo mais técnico: ‘ bem-estar subjetivo’.
Essa distinção é importante, já que mostra que a felicidade é uma variável bastante ampla: hoje estamos alegres, podemos achar que estamos felizes; amanhã, uma má notícia nos derruba, e só nos resta mergulhar em um mar de lágrimas. Logo, perguntar sobre felicidade numa hora dessas pode não ser boa ideia.
Por isso, o conceito de felicidade, para os pesquisadores, é a determinação do “impacto das recompensas que recebemos”, além das “recompensas que os outros recebem”. Porque, por exemplo, se alguém trabalha mais que você, e ganha menos, isso te afeta. E vice-versa.

Matemática da felicidade: como foi feita
Em busca desse ‘cálculo’, os neurocientistas separaram 47 voluntários (sendo 25 mulheres e 22 homens) entre 18 e 39 anos em diversos grupos.
Cada grupo participou de diferentes questionários comportamentais. Primeiramente, responderam a três atividades: uma delas sobre decisões, outra sobre como dividir dinheiro, (de uma forma que os pesquisadores nomearam ‘jogo do ditador’) e, por fim, uma análise de como os indivíduos se comportaram nas questões anteriores.
O conjunto de todas essas informações seria a primeira base para os pesquisadores identificarem a fórmula da felicidade.
Na primeira etapa, os voluntários que pontuaram melhor se mostraram mais felizes ao abrir mão da recompensa fácil em suas decisões. Desafios podem levar a ganhos mais significativos lá na frente, mas é importante estabelecer metas com reais chances de serem cumpridas.
Para quantificar isso, os cientistas criaram o termo RPE (sigla em inglês para “erros que predizem reforço”). O RPE é o resultado da diferença expectativa X realidade: quanto mais próximo de 0 for este número, maior é a chance das pessoas serem felizes. Isso porque a felicidade tem a ver com conquista – e é mais factível conquistar a promoção no emprego que tanto se espera, por exemplo, do que ficar bilionário de um dia para o outro.
Nas duas partes seguintes, os cientistas perceberam a existência de um incômodo: quando as pessoas ganham menos do que a gente, existe um ‘fator culpa’, o que é ruim para o índice de felicidade. “Elas estão associadas a situações em que um leva vantagem sobre o outro, sobre algo desfavorável e desigual”, diz o artigo da Nature. “Estes dois contextos podem causar culpa e inveja, emoções que têm paralelos em modelos de comportamento altruísta”.

Você é feliz?
Para descobrir a matemática da felicidade, é necessário levar em conta que muitos tipos de comportamento estão em jogo: generosidade, solidariedade, ressentimento, egoísmo, altruísmo, entre muitos outros.
E isso não parte somente de você – o que os outros fazem também interfere na sua felicidade.
“Bem-estar momentâneo num contexto social reflete não apenas em como vão as coisas relacionadas à expectativa, mas também como elas seguem relacionadas a outras pessoas, mesmo quando a recompensa, para os outros, vêm de formas independentes e irrelevantes para o seu próprio ganho”, diz Robb Rutledge, líder da pesquisa.
Isso tudo nos deixa cientes de que o bem-estar social nada mais é que uma corrente. Felicidade gera felicidade.
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