Baseado na biotecnologia de rejuvenescimento, campo da Ciência que prevê a restauração e substituição das partes que começam a “falhar” no nosso organismo, o cientista inglês Aubrey de Grey admite que envelhecer e, então, bater as botas é uma questão contornável.
De Grey defende a ideia de que, se morremos por envelhecimento, é porque acumulamos “danos” e “lixo” em nossos corpos.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele declarou que “no futuro, ninguém morrerá por envelhecimento”.
O cientista é conhecido pela declaração de que, no futuro, poderemos viver mil anos. O cálculo da expectativa de vida baseado nesta Ciência é assustador, mas o pesquisador esclareceu à Folha que o número conta com o fato de que ninguém morrerá de envelhecimento.
Ciência e rejuvenescimento

O pesquisador inglês Aubrey de Grey é formado em Ciências da Computação, mas, ao se casar com uma bióloga, mudou de área e criou Fundação Sens, de pesquisas no campo da biotecnologia de rejuvenescimento.
A Fundação, segundo informações oficiais do site, estimula pesquisas para rejuvenescer, substituir ou remover “a maquinaria celular e molecular danificada” em nossos corpos. A ideia é baseada na medicina regenerativa, alterando todos os possíveis danos do envelhecimento.
No mesmo sentido, em entrevista à Folha de S. Paulo, o pesquisador destacou que, para o ser humano não morrer de velhice, é preciso fazer uma “limpeza” de estágios iniciais que dão origem a doenças ligadas a envelhecimento, como Mal de Alzheimer e câncer, já que elas não podem ser curadas porque são “efeitos colaterais do fato de estarmos vivos”.
Ou seja, as causas de morte serão iguais em todos os estágios da vida de uma pessoa. A notícia (boa ou má, cabe a você decidir) de que vamos viver mil anos também depende da evolução tecnológica das terapias pesquisadas pelo grupo.
Como afetaria
A busca pela imortalidade, portanto, é o que move o trabalho do pesquisador. Fato é que, com tanto empenho em investigações neste campo, é preciso ainda considerar questões sociais, econômicas e de outros setores que envolvem tanto a vivência em sociedade quanto do indivíduo.
Outro ponto tem a ver com a opinião de muitas pessoas sobre este trabalho ser “antinatural”. A estes, o pesquisador defendeu, na entrevista, que “o papel da tecnologia é lutar contra o natural” e que vê questões éticas associadas ao assunto como “um truque psicológico para evitar pensar nessa coisa terrível [morrer por envelhecimento]”.
Envelhecimento
- ‘Droga milagrosa’ para frear envelhecimento: veja como funciona
- Pele de bebê: 12 alimentos para afastar rugas e flacidez
- Como é envelhecer? Lista de prós e contras por quem já chegou lá