Melinda Babits é aluna de doutorado no departamento de zoologia e biologia de uma universidade na Hungria e, como indica sua escolha profissional, ela nutre grande interesse e paixão pela vida animal.
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Porém, diferentemente da maioria das pessoas, Melinda não tem em casa um cão ou gato. Ela, na realidade, tem baratas e outros insetos como pets. Orgulhosa de seus bichinhos, a cientista ainda publica fotos e vídeos deles em seu perfil no Instagram.
Paixão por baratas vira “missão de vida”
A paixão de Melinda por baratas surgiu por acaso. Quando era adolescente, começou a criar o inseto para servir de alimento para seus lagartos de estimação. Foi aí que ela percebeu que o bichinho considerado asqueroso por muitos era mais especial do que imaginava.
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“Assim que vi as baratas interagindo entre si, os machos cortejando as fêmeas, brigando entre si, rapidamente me apaixonei por elas”, afirmou Melinda em uma palestra TED. A bióloga hoje acredita – e tenta provar cientificamente – que as baratas têm personalidade.
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Melinda, que nos últimos 16 anos mantém baratas como animais de estimação, afirma que uma de suas principais missões na vida é “mostrar às pessoas como os insetos são excitantes, especialmente as baratas, normalmente desprezadas e odiadas”.
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Atualmente, a cientista está seguindo suas primeiras observações e desenvolvendo testes de personalidade para insetos.
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Ela afirma que descobertas nessa área podem ser importantes porque a maneira como um indivíduo se comporta molda suas conexões e indiretamente influencia o comportamento de todo o grupo. Ainda de acordo com a cientista, diversas personalidades podem ser a chave para a sobrevivência de algumas espécies de insetos.
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Assim como os pesquisadores podem determinar traços da personalidade humana e prever coisas como risco de doença, satisfação no trabalho ou reações ao estresse, compreender a personalidade do inseto pode dar aos cientistas uma visão de outros aspectos de seu comportamento, como expansão do habitat, organização social e aquisição de alimentos, explica.
