“Interestelar” deveria passar nas salas de aula, defendem cientistas

Já assistiu ao filme “Interstelar”? O filme de ficção científica mostra um grupo de astronautas que descobrem um “buraco de minhoca” que permite visitar planetas de outra galáxia, com o objetivo de realocar os humanos e evitar sua completa extinção na Terra.

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Tirando alguns erros científicos, o filme é uma adaptação convincente da teoria de John Archibald Wheeler (1911-2008), que sustenta a possibilidade de atravessar dimensões a partir das brechas do buraco negro. Por essa e outras razões, há cientistas que recomendam aos professores ensinar alguns conceitos de “Interestelar” aos alunos. Veja por quê:

Os cientistas Oliver James, Eugénie von Tunzelmann, Paul Franklin e Kip Thorne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), chegaram à conclusão que “Interestelar” deve ser passado nas salas de aula. Thorne, inclusive, colaborou com o diretor Christopher Nolan no ambicioso projeto de criar um filme cientificamente correto.

Os efeitos especiais e a qualidade dos atores ajudam a contornar a precisão teórica do argumento. Nolan decidiu correr o risco de estar à frente de um filme tão complexo, que poderia cair em equívocos absurdos a ponto de arruinar a trama – o que, felizmente, não acontece. Por isso, a ajuda de Thorne, astrofísico especialista na Teoria da Relatividade Geral de Einstein, foi importante.

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Além de todas as especificações da produção de um filme, Thorne e Nolan se esforçaram para evitar contradições científicas.

Segundo os cientistas do Caltech, “Interestelar” tornou-se uma ferramenta didática porque mostra com perfeição o que se sabe até o momento sobre buracos negros e buracos de minhoca.

Além disso, o filme também é preciso com os demais conceitos sobre viagem no tempo, que envolve astrofísica em geral.