Pessoas que têm preguiça de ir à academia são mais inteligentes, diz estudo

por | out 24, 2016 | Ciência

Segunda-feira outra vez. Dia de acordar cedo e ir para a academia. Certo? Errado. Se você é do tipo que morre de preguiça e tem arrepios só de ouvir alguém falar em levantamento de peso, saiba: nem tudo está perdido.

Pesquisadores descobriram que preguiça é um sinal de inteligência. Segundo eles, as pessoas que passam mais tempo pensando são menos ativas fisicamente. As pessoas inteligentes vivem um estilo de vida mais sedentário, uma vez que raramente se aborrecem por passar mais tempo perdidas em seus próprios pensamentos.

Gostar de exercício é sinal de menos inteligência

Os pesquisadores descobriram que aqueles que enchem o seu dia com atividade física o fazem a fim de escapar de seus próprios pensamentos e, por isso, são vistos como “não-pensadores”.

Em um estudo publicado no Journal of Health Psychology, pesquisadores da Universidade da Costa do Golfo da Flórida explicaram que ‘a relação entre cognição e atividade física é uma questão importante para a experiência humana, e a interação provavelmente se estende ao longo da vida.’

Surpreendentemente, o estudo desvendou que, pelo menos durante os dias úteis, as pessoas que usam mais o cérebro acabam exercitando menos o corpo. Quem se esgota intelectualmente numa rotina árdua semanal tem pouca energia para a atividade física.

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Como o estudo foi feito?

Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou um grupo de voluntários com objetivo de entender melhor seu estilo de pensamento. Estes “cobaias” foram divididos entre pessoas que pensam mais e que pensam menos, segundo a escala de Necessidade de Cognição. 

Na verdade, essa tal escala é um ranking que avalia o quanto as pessoas gostam de desafios mentais. De um lado, os mais pensantes consideram divertido encontrar soluções lógicas para problemas complexos e têm uma tendência maior a ficar viajando em pensamentos abstratos. De outro, as pessoas que não têm prazer especial em pensar demais. Preferem pessoas a pensamentos (e, geralmente, são melhores para reconhecer emoções).

Os pesquisadores separaram estes dois perfis de pessoas em grupos iguais de 30 voluntários. Cada um recebeu uma pulseira que acompanhava sua prática de atividade física detectando os movimentos dos voluntários por sete dias.

Depois de uma semana de testes, os cientistas concluíram que as pessoas que apreciam mais atividades cognitivas se exercitavam muito menos que as outras. Não apenas correndo no parque ou encarando um treino de academia, mas também o tempo que passavam de pé ou até se deslocando ao banheiro.

Uma das possíveis explicações é que, segundo pesquisas anteriores, pessoas com menor exigência de cognição se entendiam mais facilmente. Com isso, elas tendem a mudar mais de ambiente para conseguirem variar os estímulos que recebem. Já os “nerds” clássicos conseguem se distrair internamente por mais tempo.

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