Dois produtos muito comuns no cotidiano do brasileiro, o leite e o feijão, finalmente tiveram queda de preço. Mesmo se refletindo somente em alguns estados do País, o alívio no bolso do consumidor já é comemorado por representantes dos setores e, claro, pela população que, cada vez mais, precisa apertar o orçamento para conseguir encher a despensa.
Entenda quais foram os fatores que influenciaram a desaceleração dos preços e quais são as projeções para os próximos meses.
Queda do preço do feijão e do leite
Nunca a lei da oferta e procura fez tanto sentido na vida do brasileiro. Depois de sete meses de preços do leite e de dois meses de subida no preço do feijão, as duas mercadorias apresentaram redução de custo em setembro. Na prévia da inflação do mês, o feijão-carioca teve queda de 6% em relação a agosto, segundo dados do IBGE.
O leite também tem panorama favorável com crescimento da captação pelos produtos brasileiros. E uma boa notícia: além de encontrar o leite longa vida com um preço mais em conta, o consumidor se beneficiará com a queda de preço dos laticínios.
Mas, por que será que só agora estes dois produtos ficaram mais baratos?
Segundo especialistas dos setores, um dos fatores está ligado à baixa procura entre os consumidores. Em matéria do Agora São Paulo, publicada também na Folha, o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão, Marcelo Eduardo Lüders, associou a redução a três fatores: a importação de diferentes tipos de feijão, como preto e rajado, um “leve aumento na oferta pela boa colheita” e queda na demanda interna.
Este último motivo também foi listado em levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, para justificar a diminuição do preço do leite. “Além do aumento na captação, observado na maioria dos estados pelo terceiro mês, a fraca demanda interna é um dos principais motivos das quedas nos valores”, destacou a entidade, que emite mensalmente o Boletim do Leite.
Será que vai aumentar?
Pode respirar aliviado: segundo os especialistas, a projeção é que o aumento da produção de leite e uma nova colheita de feijão prevista para novembro no estado de São Paulo consigam segurar possíveis elevações até o final do ano.
No corredor do supermercado