Ah, a adolescência nos anos 2000. Lembra como você e seus amigos da escola passavam a semana inteira esperando o domingo chegar para ir à baladinha e ter assuntos novos para comentar na semana seguinte? Sua vida girava em torno disso.
Leia também:
17 coisas vergonhosas que você já fez na web desde os primórdios da internet
35 acessórios bregas que você e suas amigas com certeza já usaram
11 mensagens de texto que você nunca deve enviar bêbada – mas, provavelmente, já enviou
As matinês geralmente aconteciam das 17h às 22h, e só podia entrar gente de 12 a 18 anos. Se você viveu essa fase da vida intensamente, certamente se recorda de passar por muitas situações que, na época, pareciam descoladas e maduras, mas, hoje, são só vergonhosas mesmo.
Dê o play na música abaixo e venha curtir essas recordações embaraçosas com a gente:

Você usava gel. Nessa época, a moda era o cabelo espetadinho, o que levava os meninos a gastarem tubos de gel tentando obter o look.

Você molhava o cabelo na pia do banheiro. Meninas, estou falando com vocês. Aos 13 anos, todas nós já sofríamos com frizz, mas ainda não conhecíamos os poderes do secador e chapinha (aliás, nessa época ainda não tinha chapinha boa). A solução era sair de casa com o cabelo molhado e ir ao banheiro de hora em hora para dar uma abaixada no volume. Aproveitava e levantava o peito no sutiã, para ficar ‘turbinada’.

Você pedia para o seu pai te deixar na esquina. Claro que a grande maioria de nós ia para a matinê de carona com os pais (tirando os mais independentes que já iam de ônibus), mas ninguém queria ser visto saindo do carro do pai. Então, pedíamos para que ele parasse um quarteirão antes da balada e andávamos até a entrada.

Você tinha um pai sem noção. Nessa época, quase ninguém tinha celular, então era preciso combinar um local e horário para o seu pai te buscar. No entanto, muitas vezes você se enroscava em uma ficada e perdia a hora. Seu pai, impaciente, logo pedia o auxílio do segurança da casa, que transmitia a mensagem ao DJ e que, por sua vez, anunciava no microfone: “Lucas, seu pai te espera na saída”. Todos vaiavam. Você fingia que não era com você, esperava 10 minutos e saía como por vontade própria.

Você usava botinhas de camurça Lui Lui. Quem nunca?

Você ia com o dinheiro contado. A entrada da matinê era R$ 15, então, seus pais te davam R$ 15 exatos, que você colocava dentro do sutiã, se é mulher, ou solto no bolso, se é homem. Ninguém usava carteira ou bolsa aos 14 anos.

Você não chegava nem perto do bar. Primeiro porque você não tinha dinheiro; segundo porque não vendia bebida alcoólica em matinê; e terceiro porque, nem que vendesse, você ainda não consumia álcool nessa época mesmo, então não tinha o que fazer no bar.

Você puxava as meninas para ficar com elas. Quando passava uma cocotinha na sua frente, você não considerava aproximar-se educadamente e iniciar uma conversa. Simplesmente puxava a mão dela e torcia para ela cair na sua. Infelizmente, tem gente que não deixou esse hábito na matinê e ainda faz isso na balada.

Você dava beijos de 3 segundos. Muita gente fazia competição para ver quem beijava mais na noite. Então, era comum que casais se aproximassem, dessem um beijo ultrarrápido e continuassem andando, como se nada tivesse acontecido. No máximo, sua amiga olhava para você com uma expressão de ‘danadinha!’

Você dizia ‘não fico de balada’. Para as meninas que ainda não haviam perdido o BV, era comum ter uma resposta padrão a todos os garotos que se aproximassem. Você até dava corda e engatava uma conversa, mas, na tentativa do beijo, dizia ‘eu não fico de balada’. Vocês continuavam juntos por um tempo, ele mirando a sua boca, e você se esquivando, até que ele percebia que não ia rolar mesmo e ia embora.

Você fazia o ‘corredor da morte’ com os seus amigos. Vocês se posicionavam estrategicamente na porta do banheiro feminino e formavam duas filas paralelas, de modo que, ao entrar ou sair do toalete, as meninas fossem obrigadas a passar por entre elas.

Você passava pelo corredor da morte propositalmente, mas fingia que não tinha visto. Às vezes, dava para escapar do corredor. Porém, tinha menina que gostava do assédio (literalmente) e passava pelo corredor como se não tivesse percebido a formação mal-intencionada.

Você fazia passinhos de dança com os seus amigos. Vocês estavam preparados para realizar qualquer coreografia, desde ‘Explosão’, do Tchakabum, até ‘Something’, da Lasgo, e, preferencialmente, ficavam bem em frente ao palco realizando os movimentos coordenados.

Você subia no palco para dançar. Em determinado momento da noite, o DJ ou a banda anunciava que iria escolher algumas pessoas da pista para subir no palco. Não só você achava isso OK como se empenhava para chamar atenção do encarregado pela seleção, que te puxava pela mão e te colocava ao lado de outros jovens desprovidos de sensatez, discernimento ou dignidade para rebolar ao som de um hit qualquer. Ao final, tinha até votação da plateia.

Depois de certo tempo frequentando matinês, você teve de começar a apresentar o RG na porta para provar que NÃO era maior de idade. Já tá na hora de sair dessa vida, não é mesmo? Você já está com 17 anos nas costas e barba na cara. Esse lugar não é mais para você.

Alguém te contou que, quando você quisesse ficar com alguém, deveria pegar a mão do pretendente e esfregar o seu dedo médio na palma. Então, você fazia isso durante as festinhas. Como se o ato de segurar a mão de um desconhecido por si só já não fosse indicativo suficiente de que você estava interessado.

Você pedia para o seu amigo ‘te agitar’. ‘Meu amigo quer ficar com você’ era a frase de abertura do missionário, dando a brecha para que você respondesse ‘quem é seu amigo?’. Ele apontava, você analisava de longe e dava ou não o aval para que ele se aproximasse.

Ao conversar com uma pessoa nova, você SEMPRE fazia as mesmas perguntas: quantos anos você tem, onde você mora, em que colégio você estuda e que tipo de música você curte?

Você caçava promoters na porta da matinê para conseguir flyers de desconto. Você também se achava muito influente quando conseguia uns 30 e distribuía para os amigos, com ar de superioridade.

Você era promoter da matinê.

Você levava bala de hortelã ou chiclete para beijar. Bom, você provavelmente ainda faz isso. Mas tá certo, ninguém merece beijo com bafo mesmo.

Você saía de perto das suas amigas para beijar. Como se fosse algo proibido ou vergonhoso (e como se elas não soubessem exatamente o que você estava indo fazer).

Por fim, mas não menos importante, sempre que o ritmo da música permitia, você e todos os presentes, invariavelmente, gritavam ‘uh uhu aiaiaiaiai’. Que época mais feliz!