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Sua vida amorosa não vai pra frente? 7 padrões emocionais podem estar te sabotando

Você já se perguntou por que nenhum relacionamento seu parece dar certo? Mesmo quando começa bem, algo desanda: a intensidade vira desgaste, o vínculo se desequilibra, e você termina com a sensação de que se doou demais ou apostou em alguém que nunca esteve de fato disponível.

Segundo a psicóloga Cristiane Pertusi, que há mais de duas décadas trabalha com vínculos afetivos, esse tipo de repetição revela padrões inconscientes que surgem da nossa história e que acabam moldando a forma como nos relacionamos.

“São feridas que continuam operando silenciosamente, mesmo quando a gente acredita que já superou”, afirma.

A seguir, a especialista elenca 7 padrões emocionais que costumam sabotar a vida amorosa e o que fazer a respeito:

Padrões emocionais que sabotam sua vida amorosa

1. Você se anula para agradar

(Créditos: Freepik)

Você diz “sim” quando quer dizer “não”, evita conflitos a qualquer custo, abre mão de seus desejos e, aos poucos, vai se perdendo de si.

Esse comportamento é comum em quem aprendeu que precisa se adaptar para ser amada e tem pavor de desagradar.

“Muitas pessoas acreditam que ceder é sinônimo de amor. Mas, quando isso significa se apagar, o relacionamento se torna um lugar de esvaziamento, não de troca”, explica Dra. Cristiane.

2. Você repete o mesmo tipo de vínculo disfuncional

Sempre parece diferente, mas no fundo é igual. Você se atrai por pessoas frias, narcisistas, imaturas ou emocionalmente ausentes?

Pode ser um reflexo de experiências antigas, como relações familiares instáveis, ausência de afeto ou sensação de abandono na infância. Afinal, o que é familiar para o cérebro emocional, mesmo que disfuncional, acaba sendo lido como seguro.

3. Você confunde paixão com amor

(Créditos: Freepik)

O romance começa como uma avalanche: tudo é intenso, rápido e cheio de paixão. Mas logo surgem o ciúme, o controle, as brigas e a mesma velocidade que uniu, afasta – essa busca por intensidade costuma mascarar um medo profundo de intimidade real.

“O amor verdadeiro é calmo, consistente e construtivo. A euforia inicial, muitas vezes, só preenche um vazio momentâneo, mas não sustenta uma relação saudável”, pontua Cristiane.

4. Você assume o papel de salvadora

(Créditos: Freepik)

Seus parceiros costumam estar “quebrados”, emocionalmente instáveis ou cheios de problemas que só você parece compreender? Você acredita que, com seu amor, eles vão mudar?

O desejo de salvar o outro pode parecer nobre, mas geralmente é uma forma de fugir da própria dor. E acaba gerando frustração, sobrecarga e culpa.

5. Você entra em relações por carência, não por escolha

Carência emocional é quando você sente que precisa de alguém para se sentir viva, valorizada ou suficiente – e isso leva a escolhas precipitadas, relações desequilibradas e uma constante sensação de insuficiência.

Quem entra em uma relação só para preencher o vazio, corre o risco de aceitar migalhas afetivas. O amor precisa ser escolha, não remédio para a solidão.

6. Você vive na defensiva

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(Créditos: Freepik)

Você começa o relacionamento já esperando ser traída, abandonada ou decepcionada. Interpreta tudo como ameaça, testa o outro o tempo todo e cria barreiras para se proteger.

O medo de sofrer de novo faz você colocar armaduras. Mas quem se blinda demais, não se permite sentir e afasta justamente o que tanto deseja: conexão real.

7. Você faz do outro o centro da sua vida

Quando está em um relacionamento, você desaparece: deixa de sair com amigas, abandona seus projetos e gira sua rotina inteira em torno do parceiro.

A longo prazo, isso gera desequilíbrio, dependência e uma enorme frustração quando o outro não corresponde. Relacionamento não é fusão, é parceria, e só existe amor saudável quando há espaço para duas individualidades coexistirem.

Qual é a solução?

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(Créditos: Freepik)

Existe saída? Sim, e ela começa com autoconsciência. Segundo Cristiane Pertusi, é preciso olhar com honestidade para os próprios padrões, compreender de onde eles vêm e, a partir disso, criar novas formas de se relacionar.

“A cura afetiva começa quando você para de buscar no outro aquilo que só você pode se dar: presença, respeito e acolhimento”, diz.

A psicoterapia pode ser um caminho poderoso para reconstruir a forma como você se vê e se conecta com o mundo. Lembre-se: relacionamentos saudáveis não são fruto de sorte, são consequências de escolhas conscientes.

Comportamento