Eles recebem dinheiro para passar dois meses deitados na cama: você toparia?

Uma pesquisa para investigar o que acontece com o corpo e a saúde dos astronautas que passam muito tempo no espaço busca voluntários exatamente para isso. No estudo, coordenado pelo laboratório Envihab, na Alemanha, mudanças como o desgaste dos seus músculos e ossos e no funcionamento de seus órgãos são avaliadas em quem passa dois meses deitado.

Leia também:
Dicas de como se comportar no trabalho
Receitas para levar para o trabalho: 7 opções amigas da dieta
Como evitar estresse no trabalho: 8 dicas práticas

A ideia é entender o que pode acontecer com astronautas quando eles passam muito tempo longe da Terra. Para isso, 12 voluntários perfeitamente saudáveis são pagos para ficar deitados em camas, como macas de hospital, por dois meses.

O experimento é feito para simular os efeitos de longo prazo da vida fora da gravidade e investigar os desafios de missões de longa duração. Uma de ida e volta para Marte, por exemplo, levaria pelo menos 18 meses.

Viver no espaço por mais do que alguns dias é um problema sério para a saúde já que músculos e ossos sofrem desgaste, e os fluidos corporais sobem à cabeça dando aos astronautas rostos inchados e uma sensação constante de gripe. Até o sistema imunológico e a visão são afetados.

Há câmeras monitorando todos eles para o caso de tentarem se levantar ou sentar. Eles pode assistir à televisão, tem um celular, um laptop e a internet disponíveis para quando precisar, mas precisam fazer tudo deitados: ir ao banheiro e até tomar banho na horizontal.

Em missões na Estação Espacial Internacional, os astronautas precisam passar pelo menos uma hora e meia se exercitando todos os dias para manter a músculos e ossos em atividade. Assim que, no experimento, também precisam fazer exercícios pulando e saltando sem se levantar, usando uma cama especial para exercícios físicos.