O frio chegou pra valer, né? E nada mais gostoso do que se esquentar enroladinha em uma pashmina. Portanto, vou escrever sobre esse complemento que virou febre total mas que, infelizmente, a maioria das brasileiras não sabe usar.

Quem não tem uma pashmina? Pois a resposta é: muita gente. Porque nem todo xale é uma pashmina. Aliás, você sabe qual é a diferença entre xale e pashmina? Xale era aquele pedaço de pano, quentinho, que a sua avó usava com a maior desenvoltura e elegância. Pashmina é aquele pedaço de pano, carérrimo, de lã especial, que você carrega como se fosse uma múmia tentando ressuscitar. Toda enrolada, desajeitada e que cai toda hora.

O nome pashmina acabou ficando genérico. Mas na verdade a pashmina, aquela de lãzinha, macia e quentinha, só se usa no inverno ou, quando muito, no outono

Para que serve uma pashmina? Serve para proteger do frio. Serve para cobrir os ombros num dia de tempo estranho. Serve para dar um charme à sua roupa. Só que todas essas mil e uma utilidades funcionam se você souber usar uma pashmina.

Antes de ir para Milão, não tinha muita intimidade com esta peça. Lá, aprendi a usar uma pashmina com as minhas amigas italianas, porque, para elas, é de muita utilidade e faz parte do dia-a-dia.

O nome pashmina acabou ficando genérico. Mas na verdade a pashmina, aquela de lãzinha, macia e quentinha, só se usa no inverno ou, quando muito, no outono. Como aqui no Brasil as estações do ano são muito misturadas, as chances de você tirar a sua do armário serão bem maiores. Isso não quer dizer que em pleno mês de janeiro, só porque está nublado ou chovendo um pouco, você tenha que sair com sua.

Uma pashmina é ideal para aquela noite ou mesmo aquela tarde com menos de 23 graus. Mas se está fazendo 5 graus não tem pashmina que esquente.

Portanto, se você gosta de carregar alguma coisa nos ombros ou pendurado pelos braços, nos meses de maior calorzinho, escolha uma linda echarpe indiana, ou de seda, ou qualquer outra de tecido leve e alternativo, mas não uma pashmina.

Como usá-la? Abraçada ou enrolada no pescoço.

Outro detalhe importante. Pashmina se usa na rua. Se você chegou no tal jantar ou coquetel e lá dentro está uma temperatura suportável, tire a pashmina. Não fique ali, em pé, com um copo na mão, toda enrolada naquele pano que te tolhe os movimentos. Pior ainda se você vai sentar à mesa. Não tem coisa mais brega que gente que janta enrolada na pashmina. Escorrega o tempo todo, mergulha no prato, derruba o copo…

E, se você não tem cash para comprar uma pashmina de verdade, pode optar por uma genérica, mas sempre de qualidade. Aquelas viscoses de segunda não esquentam e as de lã muito grossa pinicam e parecem mais um poncho reciclado.