Eu e a cueca dele

Talvez, ao ler a chamada da matéria você tenha se perguntado: ué, no Bolsa de Mulher também tem cueca? Querida leitora, o nosso slogan diz que somos “tudo o que você precisa”, mas não queremos dizer exatamente que você esteja precisando de uma, embora várias de vocês adorem usá-las. Nós apenas gostaríamos que você soubesse que por detrás daquela pequena peça de roupa há muito mais do que um mero órgão sexual. Nelas também se escondem histórias divertidíssimas e outras tragicômicas, capazes até mesmo de determinar o fim de um relacionamento, ou revelar muitas esquisitices do seu amado. De tantas histórias ouvidas concluímos o seguinte: a cueca de um homem pode fazer uma mulher broxar.

Ridícula A publicitária Simone Marques conta o verdadeiro mico que seu namorado pagou, no dia do aniversário de um ano de namoro: “Fomos ao motel e ele disse que tinha uma surpresinha para fazer para mim. Então ele começou a fazer um strip tease. Quando ele tirou a calça…desastre! A cueca era um elefantinho e o “órgão” dele era a tromba! Não preciso nem dizer que ri por meia hora. Ainda bem que a música de fundo não era Baby Elephant Walk, senão eu estaria rindo até agora”. Outra que passou por uma situação semelhante, mas com o agravante de ter sido no início do namoro, foi a economista Patrícia Dutra: “Estávamos nas preliminares, sabe como é, mão aqui, ali, tira camisa e…quando tirei a calça dele tinha uma porção de pequenos Mickeys olhando para mim. Tive uma crise de riso na mesma hora”. A jornalista Maria Lobo teve certeza que não devia voltar com o ex quando, entre indas e vindas, dormiram juntos e o moçoilo estava usando um modelito de mau gosto. “Era pequenininha, toda listradinha de mil cores. Parecia uma cueca de frevo!”.

O fim A advogada Rosane Sá passou por uma experiência, digamos, escatológica, com um antigo namorado. “Depois ‘que tudo aconteceu’, ele resolveu tomar um banho para relaxar. Como as roupas dele estavam jogadas no chão do quarto, resolvi dar uma arrumadinha nelas. Fui pegando peça por peça e quando cheguei na cueca quase caí para trás. A cueca dele era branca, mas parecia um bilhete de metrô. Sabe com aquela lista marrom no meio?”, conta com cara de nojo. “Terminei o namoro no dia seguinte e disse a ele que, se quisesse namorar uma mulher tinha que aprender, no mínimo, a se limpar direito!” Eca! Que nojo!

Combinandinho A estudante Paula Bastos está acostumada a combinar a cor de suas calcinhas com os sutiãs, mas descobrir que o namorado também era a favor de combinações desse tipo foi estranho. “Quando fomos para a cama pela primeira vez notei que a cueca dele, além de ser de lycra, era branca como a camisa que ele usava. Na segunda vez, a camisa, que era preta, também combinava com a cueca. Quando o vi com uma camisa verde-água pensei: “Não é possível que a cueca dele também seja desta cor. Mesmo sem muita vontade, usei todo o meu poder de sedução e o levei para a cama. Chegando lá, vi o que eu já esperava: a cueca dele também era verde-água. Perguntei a ele se ele fazia isso de propósito e ele ficou furioso, falou que eu era neurótica. Uma semana depois o relacionamento acabou”. A empresária Cristina Barreto teve um namorado que combinava a cueca com as meias. E ele usava meias azul turquesa…

Presente de grego A avó do artista plástico Glauco Santos foi fazer uma viagem para os Estados Unidos e trouxe para ele algumas lembrancinhas. Ele diz nunca ter usado, mas não consegue esconder o riso quando conta: “Ela me trouxe três cuecas de oncinha estampada. Com muito jeitinho, perguntei a ela: Vó, a senhora não acha que esta cueca é meio gay? E ela respondeu: O que é isso, meu filho! Estas cuecas são a última moda em São Francisco, não se preocupe!” O aniversário de casamento foi um ótimo motivo para a jornalista Clara Ribeiro surpreender seu marido, o economista Paulo Renato: “Mandei imprimir a minha foto na parte da frente de uma cueca branca e dei para ele com os seguintes dizeres: “estou de olho”. Em outra oportunidade pintei um coração vermelho na parte de trás de outra cueca e escrevi: “eu te amo”. Ele adorou”.

Estimação O fascínio pela seleção brasileira de futebol, na Copa de 70, levou o músico Sérgio Couto a comprar uma cueca com várias bandeirinhas do Brasil e a seguinte inscrição: Tri-Campeão. Pelo menos é isso que afirma a namorada dele, a geóloga Tânia Dutra: “Quando eu o vi com aquela cueca, disse a ele: pra usar essa cueca você também tem que ser tri comigo”. Detalhe: ele tem a cueca até hoje e diz: “Só não comprei a cueca do tetra porque tive receio em não cumprir a promessa de ser tetra pra minha namorada”. Outro dia mesmo ela comprou algumas cuecas para dar de presente a ele. Quais cuecas? Algumas com pequenas notas musicais. O pintor Augusto Braga fala de sua cueca, que ele carinhosamente chama de “cueca James Bond”: “É uma cueca que tem um zíper na parte da frente e é ideal para guardar dinheiro. Além disso, dá pra guardar camisinhas também. Desta forma, eu estou sempre prevenido para futuros e inesperados encontros”. Um amigo da jornalista Carolina Brandão ganhou seu apelido justamente por culpa da cueca que ele mesmo escolheu para ir à uma festa. Lá pelas tantas, já bêbado, ele resolveu tirar o cinto, mas não esperava que a calça fosse cair bem no meio do salão. “Foi uma cena horrível. A cueca dele era florida, cheia de girassóis e margaridas. Não é a toa que o apelido dele hoje é Florido”, diverte-se.

Pois é, minha amiga, se o seu marido ou namorado usa umas cuecas, digamos, meio fora do comum, ou tem o hábito de combiná-las com a camisa ou a meia, não se apavore porque ele não é o único. Aliás uma boa pedida é comprar uma cueca bem diferente e presenteá-lo neste Natal. Pode ser que ele fique horrível, mas, na pior das hipóteses, vai te render boas gargalhadas.