Joaquim Lopes revela bullying “brutal” que viveu: efeito que trauma gerou nele é comum

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O ator Joaquim Lopes revelou que sofreu bullying na adolescência devido ao excesso de peso. O assunto comentado no programa Papo de Almoço, da Rádio Globo, levantou debates sobre o tema. Confira:

Joaquim Lopes sofreu bullying

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Numa conversa com Léo Jaime, Joaquim contou que sofreu muito bullying dos 11 aos 15 anos porque era obeso. “Na época, não tinha essas palavras, nem gordofobia e nem bullying”, disse.

O ator ainda contou que estudava em um colégio semi-internato, então passava os recreios na biblioteca fingindo que estava lendo, para fugir dos agressores. “Foi um suplício pra mim. O ginásio foi uma desgraça completa e absoluta”, relembrou.

Joaquim ainda relatou que a violência sofrida era tão brutal que ele não conseguia reagir – um efeito comum nas vítimas do trauma. “Eu ficava paralisado, essa é a palavra.”

Transformação

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Lopes lidou com o problema sozinho dos 14 para os 15 anos, quando percebeu que passava por uma crise e começou a adotar medidas para transformar sua realidade.

“Quando lembro disso, é com muita gratidão. Eu agradeço a cada um dos desgraçados que me zoaram na escola, pois aquilo foi o que me deu ‘drive’”, explicou, referindo-se à motivação que encontrou no problema. “E eu encontrei todos”, completa.

O artista ainda ressaltou que a palavra “crise” tem conotação negativa, mas deve ser encarada como oportunidade de crescimento.

“Paralisação” é comum em caso de bullying

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A psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa explica que é comum encontrar pessoas afetadas por agressões físicas ou morais que não conseguem processar ou racionalizar.

Segundo ela, tais situações de violência podem gerar uma reação cerebral que deixa o indivíduo sem reação: “Há uma resposta de bloqueio na área chamada hipocampo, que é onde se processam soluções de problemas e memória, além do aumento do hormônio do estresse e alterações na amígdala, área associada ao medo”, afirma.

Ainda há aumento da atividade do sistema nervoso autônomo, o que provoca elevado ritmo cardíaco e pressão arterial.

Em excesso, tais reações podem desencadear casos de depressão ou transtorno do pânico.

O que fazer?

Perante casos de paralisação devido ao bullying, o ideal é pedir ajuda o quanto antes. Caso sinta-se incapacitado para reagir imediatamente, converse com seu responsável, com um amigo ou busque ajuda de um psicólogo para aprender a lidar e evitar tais situações.

Em casos graves, também é possível registrar um boletim de ocorrência ou falar com o superior da instituição em que isso ocorreu.

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