Branco, preto e cor da pele. Cansou das lingeries café com leite? Aposte nas cores vibrantes, como o amarelo e o lima, nas estampas florais, nas transparências e nos silks com frases divertidas. A lingerie tornou-se um acessório indispensável no visual feminino: alças, estampas e materiais diferenciados são essenciais e dão o tom da produção.
Na Miss Victoria, há 11 anos no mercado, estampas de pois, listras, onça e flores podem ser encontradas em diferentes modelos, com um preço médio de R$ 60. Giselle Rossi, dona da marca, comenta que o modelo mais procurado é a calcinha string com sutiã de bojo. “Todas as peças estampadas também fazem muito sucesso”, garante.
Ousando nas transparências e apostando nos tecidos com textura muito suave, a Nuluxe tem como carro-chefe os modelos desenvolvidos em microfibra e tule. Carolina Fernandes, gerente de estilo da marca, conta que apesar de o preto ser uma das cores mais procuradas, os tons que acompanham a moda são o grande sucesso. “As clientes encontravam na Nuluxe uma lingerie que combinava com suas roupas. O blue saphire foi uma cor forte na moda. Nesta coleção, apostamos no lichia e no turquesa como tons que irão agradar às clientes que querem fazer da lingerie um estilo”, acredita.
A estudante de moda Juliana Cabral ressalta a relação entre lingerie e tendências: “Adoraria ter vários sutiãs com alças que combinassem com todas as cores das minhas roupas. Como onde vivemos é muito quente, é normal usarmos muitas blusas de alcinhas no verão e acho feia a alça de um sutiã de outra cor aparecendo. Todos os meus sutiãs têm alcinhas diferentes: ou são coloridas ou são estampadas com flores, listras, bolinhas. Tento compor uma produção divertida, brincando com as tonalidades”, diz ela, que tem o preto e o rosa como suas cores preferidas.
A designer Thais Gusmão aposta na mulher que não tem medo de mostrar seu sutiã e mostra que o humor pode ser sexy. Em suas coleções, calcinhas trazem frases provocativas e silks localizados de corações e estrelas. A marca traz desde modelos pequenos, com laterais muito fininhas até calçolões com fuxicos, à la pin-up. “Adoro as lingeries da Thais Gusmão, especialmente as calcinhas de laterais largas e confortáveis, mas não compro nada que tenha babados, laçarotes e afins. Usaria se tivesse 50 quilos e 17 aninhos”, comenta a cliente Andréa Cals.
“Eu ainda prefiro preto ou branco. Mas também estou aberto às novidades, não estou fechado para a questão. Só não gosto dos modelos grandes ou largos demais”, opina o jornalista Pedro Barreto, admirador das lingeries.
Com a proposta de um espaço para a sedução, surgiu a Pselda. Na loja, que também oferece acessórios eróticos, a lingerie é o grande atrativo. Apesar da diversidade de cores, modelos e marcas, há uma restrição: a Pselda não trabalha com cor de pele. “Esse foi um pedido dos próprios maridos, que acham essa cor sem graça e corta-tesão”, revela a dona da marca, Suzana Leal.
Carolina Fernandes acredita que os tabus em relação às roupas íntimas estão tendo suas alcinhas cortadas. “A mulher brasileira vem mudando nos últimos três anos em relação à lingerie: ela quer transparências, rendas, sensualidade, mas sem deixar de lado o conforto. As peças devem ser apropriadas para usar a qualquer hora do dia. É revigorante saber como uma lingerie muda o estado de espírito de uma mulher”, conclui ela. Giselle Rossi concorda: “Hoje, a lingerie ocupa um lugar especial no armário feminino, se tornou um acessório quase que indispensável, influenciando na auto-estima, na vaidade e poder de sedução”, diz ela.