Símbolo de feminilidade, mas que já foi queimado em praça pública, o sutiã é uma peça amada e odiada ao mesmo tempo. Como tudo que é aos pares, gera conflito.
Pode ser muito sensual como pode ser a sua desgraça estética.
Como todas as coisas íntimas da sua vida, não precisa ser visto por ninguém. Quanto mais discreto, melhor. Mulher elgante é aquela que consegue colocar uma blusa cavada sem ver o sutiã por baixo do braço, sem marcar muito o dito cujo, sem fazer uma prega no ombro com as alcinhas, sem parecer que vai implodir a qualquer momento.
Outra coisa, ninguém nasceu com os peitos no queixo. Nada de levantar muito a taça para fazer aqueles dois gomos como se você fosse a amante do Luís XV
Para falar desta coisa tão delicada e ambígua é melhor dividi-la nas categorias existentes. Vamos lá!
Sutiã de cotton: Sabe aquele modelo que antigamente se chamava sutiã de menina-moça? Então… se você não é mais menina e muito menos moça vai ficar suspeita com aquele sutianzinho de cotton cheio de desenhinhos do Piu-Piu fujindo do Frajola. E ainda por cima vai dar para ver os seus mamilos através da blusa porque eles são muito fininhos.
Sutiã de cotton é o modelo mais cômodo que existe, não irrita a pele, não coça e não esquenta. Apesar de simples, são muito sensuais. Basta escolher o modelo certo para a sua idade.
Sutiã de bojo: O termo é antigo mas ainda serve. Compreende todos aqueles que são acolchoados com qualquer coisa. Silicone, óleo, espuma, bola de gás etc.
Fique atenta ao feitio deste sutiã para não parecer uma armadura. Não tem coisa mais estranha que você mexer o corpo e os seus peitos ficarem ali, duros, engessados e explodindo dentro daquele “colete à prova de balas”. Seios são maleáveis e seu sutiã deve ser também.
Melhor usar no inverno porque estes modelos recheados esquentam muito.
Sutiã meia-taça: Bom, meia significa metade e não 1/3, portanto ele deve cobrir os mamilos. Outra coisa, ninguém nasceu com os peitos no queixo. Nada de levantar muito a taça para fazer aqueles dois gomos como se você fosse a amante do Luís XV.
Sutiã meia-taça marca mais, portanto, se for sair vestida de jeans e camiseta coloque um meia taça básico, liso e sem frufrus.
Sutiã de renda: São chiques se forem branco ou preto. Evite usar um sutiã muito elaborado com uma roupa muito esportiva. Use e mostre se você estiver vestida para matar. Mas não de susto!
Outro detalhe fundamental: a renda tem que ser de boa qualidade e macia. Caso contrário, você vai ficar se cutucando o tempo todo e quando tirar aliviada aquela coisa incômoda, além de se coçar por mais meia hora, vai ver o desenho da renda estampado na sua pele como uma tatuagem. Moral da história: uma semana de anti-alérgico após as refeições e dez dias usando só aquele sutiã de cotton bem velhinho.
Tomara-que-caia: Sutiãs tomara-que-caia de má qualidade deformam os peitos. Hoje em dia existem ótimos sutiãs sem alça que deixam a sua silhueta perfeita. Experimente vários até encontrar um que se ajuste a você sem lesar os seus pulmões ou fraturar uma costela, mas que também não vá parar na cintura quando você se virar para cumprimentar seu amigo.
E, por fim, o pior: jogue imediatamente no lixo aquele horror de sutiã com alcinhas de silicone! Quem foi que disse que não dá pra ver? Depois da pólvora foi a pior invenção do homem.
Bom, basicamente estes são os sutiãs de todos os dias na vida de uma mulher.
Qualquer outra coisa feita de materiais alternativos como plástico, peles, strass, pluminhas, relevos e estampas suspeitas você pode evitar para não ficar parecendo assistente de mágico.
Os únicos sutiãs que podem ser mostrados são aqueles feitos para tal fim. Ou já vem embutidos nos vestidos ou tops ou tem algum detalhe, como uma rendinha ou alcinha diferente que faz parte do look.