Flávia Saraiva não deixou o acidente durante aquecimento nas Olimpíadas 2024 abalar o seu desempenho
A foto de Flavinha Saraiva, visivelmente concentrada com um curativo na sobrancelha, viralizou nas redes sociais. Antes da final por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a ginasta brasileira sofreu um corte na sobrancelha durante o aquecimento, mas isso não a impediu de brilhar na competição. A atleta superou o incidente e ajudou sua equipe a conquistar a medalha de bronze.
Acidente de Flávia Saraiva nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Durante o aquecimento para a final por equipes, Flávia Saraiva sofreu uma queda enquanto treinava nas barras assimétricas, resultando em um corte no supercílio. Apesar do susto e do sangramento, ela manteve a calma e continuou na competição.

A atleta, inclusive, comentou sobre o acidente de maneira bem-humorada em uma entrevista para a Globo. “Gente, quando eu vi eu estava no chão, deitada e com o joelho na cara. Eu só rolei pro lado para a Rebeca poder aquecer. Falei: ‘Gente, onde é que eu tô?’. Aí o Chico [treinador]: ‘Tá sangrando, tá sangrando’. Eu botei a mão no rosto e meu olho sangrando, não estava entendendo nada. Aí ele perguntou se eu estava aquecida. Aí eu falei: ‘Agora eu acordei'”, disse Flavinha.
Flávia foi a quarta ginasta a se apresentar na decisão e precisou de atendimento médico antes de iniciar sua série. O curativo foi feito pela equipe médica, e após os cuidados, ela participou da apresentação nas barras assimétricas sem problemas. Sua performance ajudou a garantir a medalha de bronze para a equipe brasileira, que também conta com Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares.

História de Flávia Saraiva
Flávia Saraiva, natural do subúrbio do Rio de Janeiro, demonstrou talento para a ginástica desde jovem. Ela iniciou sua trajetória aos 11 anos na ONG Qualivida e rapidamente se destacou. Aos 14 anos, conquistou dois ouros individuais e uma prata em equipes na Gymnasiade Brasil, uma das principais competições escolares internacionais.

Seu desempenho chamou a atenção e, em 2016, em seus primeiros Jogos Olímpicos no Rio, Flávia obteve o quinto lugar na trave e o oitavo na competição por equipes. Apesar de não ganhar medalhas, seu desempenho foi elogiado até por Simone Biles.
Em 2019, Flávia conquistou outro ouro na Copa do Mundo de Stuttgart e três bronzes nos Jogos Pan-Americanos. Em Tóquio 2020, Flávia sofreu uma lesão no solo durante as fases classificatórias. Assim como aconteceu em Paris, mesmo com o machucado, ela conseguiu se classificar para as finais e terminou em sétimo lugar.

Mais recentemente, em 2023, ela ganhou uma prata e um bronze no Campeonato Mundial e quatro pratas e um bronze nos Jogos Pan-Americanos. No início de 2024, Flávia continuou sua trajetória vitoriosa com dois ouros e uma prata no Troféu Jesolo. A carreira dela é marcada por uma série de conquistas notáveis que a consolidam como uma das principais ginastas do Brasil.
