Unicef revela total assombroso de meninas e mulheres vítimas de mutilação genital

A mutilação genital é considerada, em alguns países, como uma tradição, uma herança cultural. Em muitos outros é crime. Fato é que ele é feito sem o consentimento da mulher e, portanto, viola seus direitos. A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) fez um levantamento que mostra que o número de mutilações mulheres mutiladas é muito maior do que o anteriormente estimado e grande parte delas nem chegou aos 15 anos. Os dados foram divulgados no dia 5 fevereiro de 2016.

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Quantidade de mulheres mutiladas 

De acordo com a Unicef, existem pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas vivas que passaram por uma mutilação genital. São 70 milhões a mais do que se acreditava anteriormente. A tendência é que os números continuem a crescer significativamente pelos próximos 15 anos caso nada seja feito para brecar essa evolução.

O que é a mutilação genital feminina? 

A mutilação genital feminina refere-se a uma série de diferentes procedimentos que lesionam a genitália da mulher. Eles diferem de acordo com a região e a cultura em que são realizados e podem ser caracterizados pelo corte para retirada apenas do clitóris, por exemplo, ou por agressões maiores e retirada de todos os órgãos genitais externos. Seja qual for a extensão da violência, ela pode colocar em risco a vida das mulheres.

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Complicações

Infecções, sangramento e cicatrizes são algumas das complicações a que é exposta a mulher mutilada.

Idade em que as mulheres são mutiladas 

De acordo com os dados da Unicef, meninas com 14 anos ou menos representam 44 milhões das mutilações. Na maioria dos países, a maior parte das meninas sofrem mutilação antes mesmo dos 15 anos.

Países que mais fazem mutilação

Apesar de a violência ser cometida em 30 países, 3 deles são responsáveis por metade dos casos: Egito, Etiópia e Indonésia.