Fraldas de pano: a saúde do seu bebê e do planeta agradecem

As fraldas descartáveis surgiram nos últimos trinta anos. Antes disso, todo bebê era criado com fraldas de pano. A invenção trouxe praticidade, mas, com o passar do tempo, tem revelado o alto custo para o bolso, para o planeta e para as próximas gerações.

Uma criança consome em média cinco mil fraldas descartáveis. Além do gasto que este número representa, elas são feitas de plástico e gel, materiais sintéticos e resistentes que levam em torno de 450 anos para se decompor. Estes foram alguns motivos que levaram a arquiteta e professora, Célia Regina da Silva, a aderir às fraldas de pano.

“Quis usar fraldas de pano desde a gestação, quando descobri que existiam opções modernas, práticas para colocar e que podem ser lavadas e secas em máquinas. Comecei a utilizar desde o nascimento, intercalando-as com descartáveis. A partir dos seis 6 meses usávamos apenas fraldas de pano, inclusive para dormir e sair, e foi assim até o desfralde”, conta.

Mas, outro aspecto que chamou a atenção da professora é o impacto da fralda descartável na relação mãe e filho. “O uso de fraldas de pano instiga a intuição materna com relação aos ritmos de eliminação do bebê, o que favorece o desfralde”, afirma ela. Além disso, o material sintético das fraldas descartáveis não permite que a pele do bebê respire adequadamente, e no próprio contato, podem causar irritação nos pequenos. A maciez das fibras naturais, por sua vez, oferece conforto além da proteção. “Os bebês que usam fraldas de pano raramente tem alergias ou assaduras”, diz a mamãe.

Segundo ela, a maior dificuldade em utilizar as fraldas de pano ainda é secá-las, principalmente, nos dias mais frios e chuvosos do inverno. “Mas, assim como as demais roupas do bebê e da família, isto pode ser resolvido com o uso racional de secadora, ou tendo um bom número de fraldas, que possibilita esperar para que as outras sequem”, sugere.

Outro obstáculo, de acordo com Silva, é o preconceito. “A ideia de que as fraldas de pano são muito mais trabalhosas impede que as pessoas considerem e experimentem abrir mão das descartáveis”, diz. E se os aspectos econômico e ambiental não são suficientes para fazer você pensar a respeito, os benefícios para o bebê podem ser o argumento que faltava.