Sábado é dia! Um banho demorado – com direito a perfume -, novo corte para mudar o visual, unhas feitas, e até uma sessão de acupuntura para dar uma relaxada. Animou? Pois pode tirar, literalmente, o cavalinho da chuva – nenhum desses mimos é para você! Os felizardos da vez são os animaizinhos de estimação. Cães e gatos nunca receberam tantos cuidados para a saúde e a beleza quanto nos últimos anos. Os serviços se diversificaram, os profissionais de veterinária se especializaram, e, conseqüentemente, a qualidade de vida dos bichinhos domésticos aumentou. Eles estão vivendo mais e melhor.
Antigamente, bastava vacinar contra raiva que estava tudo bem. Hoje, só para se ater ao básico, a lista é extensa, e as vacinas, muitas mais. Só uma delas, a déctupla, protege cães contra dez diferentes doenças. Os cuidados não param por aí. É remédio contra pulga e carrapatos, vermífugos, vacina contra gripe, ração de qualidade e quem sabe até um tratamento com florais para os mais estressadinhos. Com tantas opções, não é de se espantar que os melhores amigos do homem tenham conquistado anos extras de vida. Renato Campello Costa é veterinário da Clínica Animália, no Rio de Janeiro, e comenta. “Atualmente existem muitas formas de se prolongar a convivência com os animais. No caso dos cães, a expectativa de vida vai depender do porte do animal. Cães pequenos tendem a viver mais, entre 9 e 16 anos. Mas isso é uma média, tem cães que vivem mais, outros menos. Dependendo das alterações que ele possa ter, existem diversos tratamentos disponíveis”, diz Dr. Renato.
Tratamentos alternativos
Zeca não podia escutar barulho de fogos de artifício que corria para debaixo da cama de sua dona, a professora de espanhol Zenaide R. da Silva. O simpático vira-lata de oito anos era capaz de passar ali dias escondido, sem comer ou beber. “Desde pequeno ele é muito estressado e medroso. Mas com os fogos ele ficava completamente transtornado. Saía correndo e enfiava-se debaixo da cama, tremendo de medo. Em uma ocasião, ele chegou a passar três dias assim, sem água nem comida. Podia colocar um bife na frente dele, que nada! Nem se mexia”, recorda Zenaide.
Tive a idéia de usar florais há dois anos. Em um ano ele já estava muito mais calmo.
Foi quando ela, adepta de tratamentos alternativos, resolveu apelar para os florais. “Tive a idéia de usar florais há dois anos, e pedi para uma farmacêutica fazer uma fórmula para ele. O efeito não foi imediato, mas tem sido progressivo. Em um ano ele já estava muito mais calmo. Continua fugindo dos fogos, mas reage muito melhor. Não passa mais do que meia hora escondido. Volta sozinho, nem preciso chamar”, comemora a professora, que administra as gotinhas diariamente na boca de Zeca um mês antes de épocas críticas. “Este ano comecei a dar em maio, para a Copa do Mundo e agora só volto a dar em novembro, para prepará-lo para as festas de Ano Novo”, planeja-se.