O tratamento de florais é apenas uma entre as muitas especialidades que as clínicas veterinárias oferecem atualmente. Neurologia, odontologia, dermatologia, fisioterapia, ortopedia e até acupuntura já fazem parte da rotina de muitos bichinhos. As vantagens são muitas. “Estas novas alternativas de tratamento começaram a ser oferecidas há aproximadamente dez anos. Como o profissional de cada área é mais especializado, está apto a tratar com mais cuidado o problema em questão. Isso traz inúmeros benefícios para os animais, proporcionando uma qualidade de vida como não víamos antes. No caso dos florais, as aplicações são inúmeras”, diz o veterinário Renato Campello.
Outro tratamento que migrou dos consultórios médicos para as clínicas veterinárias foi a acupuntura. Max Freire é veterinário especialista em fisioterapia veterinária e acupuntura. Trabalha com a técnica em animais há seis anos, quando o assunto ainda era novidade. Hoje se dedica exclusivamente à especialidade, tamanha é a procura pela prática. “Antes da acupuntura, para tratar problemas de dores, utilizavam-se antiinflamatórios e analgésicos. Mas esses medicamentos têm efeitos colaterais. A acupuntura trata a raiz do problema e dispensa o uso de remédios. Ela pode ser utilizada para tratar problemas de coluna, artrose e displasia coxo-femural, muito comuns em cães”, cita Max.
A maioria chega a dormir durante a consulta. Observamos o alívio pela forma como ele passa a se locomover
Cães, gatos, e até cavalos podem receber as agulhadas. E o melhor, sem dor ou incômodo. “A maioria chega a dormir durante a consulta. Basta uma vez por semana, e percebem-se os resultados a partir da segunda ou terceira sessão. Como o animal não fala, observamos o alívio pela forma como ele passa a se locomover”, explica o acupunturista, que afirma que até cães que pararam de andar devido a problemas na coluna podem conseguir retomar movimentos nas patas com o tratamento.
Outra inovação recente no mundo veterinário é a oncologia. A prática dá uma segunda chance para animais atacados pelo câncer, que há alguns anos viam na eutanásia a única saída. “A quimioterapia começou a ser administrada em cães desde 2000, e tem crescido bastante. É utilizada para o tratamento de tumores. Cada caso é um caso, mas temos bons resultados”, explica o veterinário Renato Campello.
Necessidades básicas
Ter as vacinas em dia e uma boa alimentação garantem saúde para os bichinhos, mas os cuidados não devem se ater ao básico. Para garantir qualidade de vida é preciso levar em consideração que, como qualquer ser vivo, os animais também precisam de espaço, passeios, educação e amigos – de preferência da mesma espécie deles. “Além de companhia humana, cães precisam de interação com outros cães. É preciso socializar. Já a questão do espaço é variável. Há raças que ficam bem em apartamentos pequenos, e até preferem estar em um local com pouco espaço, mas na companhia do dono, a serem deixados sozinhos no quintal”, conta Dr. Renato Campello.
Quanto aos exercícios físicos, as necessidades também variam. “Só que diferente do que muita gente pensa, não varia de acordo com o porte do animal, mas sim com a raça. Há cães pequenos extremamente agitados, que não são apropriados para apartamento. Já labradores requerem, além de espaço, água. Adoram nadar. Eles foram selecionados para ser assim. Por isso é importante levar em consideração essas características antes de escolher um animal”, sugere o veterinário Renato Campello Costa.
No caso dos gatos, as necessidades são bem diferentes. “O gato é menos dependente da companhia humana. Pode ficar sozinho por mais tempo, o importante é que ele tenha estímulos de movimento, como o que uma bolinha proporciona. Ele tem a necessidade de caçar, de correr atrás das coisas. É por isso que eles passam tanto tempo na janela, olhando para baixo. Além disso, não se esqueça da vasilha sanitária. O gato é um animal de asseio extremo”, avisa Dr. Renato Campello.