7 alimentos e objetos que podem contaminar o leite materno com toxinas

Estamos diariamente e frequentemente expostos a substâncias químicas e tóxicas através do contato com o ar poluído, água quimicamente tratada, solo contaminado e produtos do dia a dia, tais como carpetes, embalagens, roupas, móveis, produtos de higiene, limpeza, e domésticos. Toxinas industriais, incluindo as dioxinas, mercúrio, ftalato, pesticidas, bisfenol, todas essas substâncias químicas podem ser perigosas e passam para o feto tanto através da placenta durante a gravidez, como pelo leite materno, após o seu nascimento.  

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Parte dessas substâncias químicas resistem à quebra metabólica e a excreção e acabam se acumulando, ao longo dos anos, principalmente em nosso estoque de gordura corporal, tornando-se parte de nossa carga química corporal. “Nossa glândula mamária é composta a maior parte de gordura (tecido adiposo). As toxinas possuem afinidade com esse tecido e são facilmente transportadas na vida intrauterina e no leite materno, podendo levar à consequências para o bebê como anemia, baixo peso, crescimento reduzido e comprometimento do QI”, revela a nutricionista funcional Andréa Santa Rosa Garcia.

Em seu perfil do Instagram, a especialista que cuida da saúde de famosas como Juliana Paes, Cléo Pires, Sabrina Sato, Fiorella Mattheis e Angélica, recomenda o que fazer. “Dê preferência para embalagens de vidro, silicone ou porcelana, evite o consumo de alimentos fora da estação (que recebem maior adição de agrotóxicos) e com tamanhos menores (quanto maior o alimento do seu tamanho real, mais agrotóxicos ele acumula). Além disso, panelas e utensílios em inox são estratégias que podem prevenir o consumo de metais pesados”.

Contaminantes do leite materno

O Bisfenol A ou BPA é usado na produção do policarbonato presente principalmente em embalagens de plástico e é liberado quando aquecido. Evite guardar comida quente em pote plástico ou levá-lo direto ao micro-ondas. Essa toxina aparece não só nos pláticos como também no revestimento de latas de conserva como milho e ervilha, extrato de tomate

O pimentão está no topo da lista dos alimentos mais contaminados por agrotóxicos no Brasil. Das 213 amostras analisadas pela Anvisa, apenas 0,9% usavam defensivos com ingredientes autorizados, mas todas acima dos limites máximos permitidos. A porcentagem de amostras que continham defensivo não autorizado era de 84%

Na lista de alimentos que apresentaram quantidades exageradas de agrotóxicos ou tipo não autorizado deles ainda estão: uva, pepino, morango, couve, abacaxi, mamão, alface, tomate, e beterraba

Frutos do mar como salmão, atum, pescada branca, pacu, linguado, cação, peixe-espada, cavala, pirá, garoupa. Quanto maior o peixe, mais peixes ele come, que também absorveram mercúrio. Espécies maiores normalmente vivem mais e passam mais tempo acumulando mercúrio

Qualquer batom pode conter metais pesados. A maior quantidade de chumbo foi registrada na cor rosa, e a menor, no protetor labial neutro, segundo a FDA. No Brasil, pesquisa revela que diversas marcas contêm até oito outros metais, de cádmio a alumínio. Na Europa, a cor marrom foi a mais tóxica, onde cores mais escuras tinham em média 8,9 ppm de chumbo, comparados com 0,37 nos batons de cores claras

Panelas panelas de alumínio e de aço inoxidável podem soltar metais pesados durante o preparo dos alimentos. Ao ferver uma solução de 4 litros de água e 10 gramas de sal por 3 horas, há o desprendimento de 20 miligramas do metal por cada litro de água. As antiaderentes contêm ácido perfluorooctanóico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE), ambos extremamente tóxicos

O cloro usado na fabricação do PVC é um ingrediente fundamental para a formação de dioxinas. Se investigar, em muitas embalagens de papel filme, a descrição do produto é “pvc stretch film” ou filme de PVC esticável. A dioxina é um dos compostos químicos sintetizados pelo homem de maior toxicidade existente