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Britney Spears revelou no dia 14 de maio que perdeu o bebê que esperava com seu noivo, Sam Asghari. O anúncio foi feito por meio de um comunicado nas redes sociais, que emocionou fãs e amigos da cantora.
Um detalhe na nota publicada por Britney chamou atenção: ela mencionou que talvez, “deveria ter esperado mais tempo” para anunciar a gestação, repercutindo uma dúvida frequente: precisa esperar 12 semanas para contar da gravidez?
Quando se deve contar que está grávida?
Britney Spears e Sam Asghari compartilharam em suas redes sociais uma nota sobre a perda gestacional. “É com profunda tristeza que nós anunciamos que perdemos nosso bebê milagroso cedo na gestação. É um momento devastador para qualquer pai”, anunciou a nota.
O casal revelou que continuará “tentando expandir” sua bela família após o aborto espontâneo, e que seu amor é a maior fortaleza nesse momento. Por fim, pediram privacidade para enfrentar o luto.
Muitos amigos famosos do casal se manifestaram na postagem de Britney. Paris Hilton, amiga de longa data da cantora, escreveu: “Sinto muito por sua perda, maninha. Sempre aqui por você. Enviando muito amor, te amo muito, B”. Gabrielle Union deixou orações para a amiga, enquanto a cantora Christina Perri escreveu “meus sentimentos”, com vários corações.
Em meio à nota publicada por Britney Spears e Sam Asghari, uma frase destaca uma questão que ainda é um tabu sobre anunciar a gravidez durante o primeiro trimestre.
Durante o anúncio, o casal escreveu: “Talvez nós devêssemos ter esperado para anunciar até termos mais tempo (de gestação), porém, nós estávamos muito animados em compartilhar as boas notícias”.
É importante ressaltar que o aborto espontâneo é comum e chamado de precoce quando acontece até a 12ª semana de gravidez. Por ser uma situação dolorosa e mais frequente do que os dados oficiais são capazes de mostrar, existe ainda uma crença de que é “proibido” tornar pública a gestação no comecinho.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), todos os anos, cerca de 23 milhões de abortos espontâneos ocorrem no mundo e o risco de uma gravidez terminar em aborto espontâneo é de 15,3%.
No Brasil, as influenciadoras Bianca Andrade e Gabriela Pugliesi comentaram ter esperado o primeiro trimestre para anunciar a gravidez, para garantir a “segurança”.
Como afirma a instituição médica norte-americana Mayo Clinic, a perda gestacional é uma experiência relativamente comum, que não tem causas definidas, muito menos um período “certo” para acontecer. Abortos espontâneos podem acontecer antes das 20 semanas de gestação, mas não há como prever um “período seguro” ou “estável” da gravidez.
Alguns fatores de risco, ainda segundo a instituição, incluem a idade, abortos anteriores, questões crônicas, uso de drogas e álcool, peso, entre outros. É necessária uma avaliação médica para compreender as causas da perda gestacional, que não tem relação com uma fase específica da gravidez ou com o compartilhamento da notícia.
Mulheres que perdem seus bebês no comecinho da gravidez podem encontrar dificuldade para lidar com o luto, pois muitas vezes as pessoas mais próximas nem sabiam da gestação. Além disso, o total silêncio sobre essas perdas ajuda a criar mitos que não são baseados na ciência (como a possibilidade de “azarar” uma gravidez), contribuindo para que pais enlutados sintam culpa em vez de receber acolhimento.
Falar sobre a gravidez, mesmo no começo, deve ser uma escolha da gestante (ou da família) baseada em sua experiência pessoal, sua rede de apoio, e todas as informações médicas que puder receber durante seu pré-natal.