A doença hemolítica por incompatibilidade Rh é causada por uma incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto referente ao sistema Rh. Este sistema é composto de inúmeras proteínas, neste caso, também conhecidas como antígenos, presentes nas membranas das hemácias (células ou glóbulos vermelhos do sangue) sendo o mais importante, o antígeno D.
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A presença, ou ausência, do antígeno D é o que confere a positividade ou a negatividade do fator Rh. Assim sendo, uma pessoa que possua um grupo sanguíneo qualquer (A, B, AB ou 0), porém, com fator Rh+ (positivo), significa que ela expressa o antígeno D em suas hemácias; assim como, uma pessoa que apresente determinado grupo sanguíneo, porém com fator RH-(negativo), não apresenta este antígeno em seus glóbulos vermelhos.
Como ocorre a doença?
Para que aconteça a isoimunização (ou aloimunização), o que leva a doença hemolítica, é necessário que a mãe tenha o fator Rh negativo e o feto tenha o fator Rh positivo e que em um determinado momento, o sangue fetal entre na circulação materna. Isto ocorre em 3% das gestantes no primeiro trimestre de gestação, em 12% no segundo trimestre, em 45% no 3º trimestre, e em 64% dos casos, imediatamente após o parto.
Outras condições podem aumentar as chances dessa passagem do sangue fetal para a circulação materna, tais como: abortamento, gestação ectópica e realizações de procedimentos invasivos durante a gestação.
Após o contato do organismo materno (Rh-) com o sangue fetal (Rh+), há um processo de produção de anticorpos anti-D pelo organismo materno, que serão capazes de combater os glóbulos vermelhos que possuem esse antígeno (D), neste caso, as hemácias do feto Rh+. Este combate às hemácias é capaz de destruí-las, um processo chamado de hemólise. Por curiosidade, não apenas o antígeno D é capaz de causar esse tipo de doença hemolítica fetal, contudo este tipo de sensibilização é um dos mais graves.
