Estresse da criança tem 3 níveis: aprenda a saber se é positivo, tolerável ou tóxico

por | jun 13, 2019 | Gravidez e bebês

Quem disse que as crianças não se estressam? Doenças, acidentes e pequenas frustrações são situações que nem sempre são bem absorvidas pelo emocional ainda pouco desenvolvido dos pequenos. Principalmente se faltar carinho e apoio por parte dos pais.

Quando a criança é exposta a um estresse elevado e contínuo, pode sofrer danos irreversíveis em seu crescimento. É o que os cientistas chamam de estresse tóxico.

Tipos de estresse da criança

O problema é tão sério que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou seu manual com um alerta sobre seus possíveis efeitos na vida adulta. E apresentou uma classificação que ajuda a identificá-lo:

Estresse positivo

Quando a criança fica um pouco estressada durante um curto período de tempo, está na fase do estresse positivo. Antes dos 15 meses, por exemplo, pode ser pela incapacidade de verbalizar os desejos. Ou por causa de uma vacina. Mais tarde, devido às dificuldades do início da vida escolar, e assim por diante.

“Esse tipo de estresse é positivo porque resulta em habilidades de planejamento, motivação e resiliência, além de propiciar a estimulação de sinapses neuronais”, esclarece o manual da SBP.

Estresse tolerável

Neste caso, o estresse se prolonga por um período de tempo suficiente para afetar o psicológico da criança. O que mantém a situação “tolerável” é o apoio dos pais. “Um exemplo é quando existe suporte familiar durante a vivência de uma doença em um familiar próximo”, diz o manual.

Estresse tóxico

Caso as experiências adversas forem muito graves ou se prolongarem por muito tempo, acabam superando a capacidade da criança de lidar com elas. É neste ponto que o estresse passa a ser considerado tóxico.

Segundo a SBP, o quadro pode aumentar os riscos de doenças físicas e mentais ao longo dos anos. O estresse tóxico caracteriza situações como violência física ou verbal constantes, bullying na escola, ausência dos pais, falta de carinho e problemas econômicos, entre outros fatores.

Estresse é comum em crianças