Usar a internet para compartilhar uma foto ou um vídeo engraçadinho caseiro se tornou algo muito usual entre as pessoas. Principalmente se o conteúdo for de animais de estimação e de crianças. Mas existe um limite pra isso? Uma pesquisa feita pelo Kaspersky Lab, uma empresa de segurança na internet, mostrou que 96% dos brasileiros expõem suas informações pessoais nas redes. Dentre estas, 66% das pessoas afirmaram compartilhar fotos dos próprios filhos.
Riscos da exposição
O problema de colocar fotos de crianças nas redes sociais se dá pelo fato de que não é possível medir a segurança e privacidade de um conteúdo quando algo é postado em rede. A facilidade deste material se tornar público é muito grande, ainda que sejam usados filtros de privacidade ou grupos fechados. A exposição está a um print de distância. Além disso, é importante considerar que as fotos e vídeos ficam na rede por tempo indeterminado e, eventualmente, podem ser apreendidos por sites de pornografia infantil.
De acordo com o canal nacional de atendimento para crimes cibernéticos, a Safernet, o Brasil teve mais de 1,5 milhões de denúncias de pornografia infantil nos últimos 11 anos, reunindo mais de 300 mil sites distintos.
Como evitar que isso aconteça?
A recomendação não é que pais deixem de compartilhar fotos dos seus filhos pequenos, mas existem algumas precauções que adultos podem tomar quando quiserem divulgar fotos de seus filhos em redes sociais. Reunimos aqui 6 cuidados essenciais:
- Não postar fotos de crianças nuas ou de partes íntimas do corpo, ainda que sejam bebês
- Não postar fotos de crianças com roupas de banho ou de toalha
- Configurar as redes para que as fotos não sejam totalmente públicas
- Priorizar canais mais fechados para enviar fotos para amigos ou familiares, tais como o e-mail
- Não usar ferramentas de geolocalização nas fotos de crianças
- Não postar fotos que evidenciem o nome, a rotina e os endereços que a criança costuma frequentar
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