Mulheres que acabaram de tornar-se mães geralmente são apresentadas a mudanças bruscas na sua rotina. Se elas estão inseridas no mercado do trabalho, a licença maternidade garante a pausa imprescindível nesses primeiros momentos com o bebê. Caso atuem em outros projetos ou tenham responsabilidades que exijam sua presença, a pausa também é determinante.
Mas o que ocorre é que depois de um tempo, o “play” volta a incorporar a rotina e as mães são levadas a equilibrar seus afazeres e os cuidados com o pequeno – com a participação dos pais! Nesse momento, algumas mulheres cogitam usar a mamadeira para alimentar o bebê, com leite artificial ou com leite materno ordenhado.
Há situações, também, em que o aleitamento materno exclusivo não pode ser realizado por outros motivos, como nos casos de crianças que necessitam de suplementação; ou em casos em que se torna necessária a oferta do leite materno fora do seio materno, como nos de recém nascidos prematuros.
Mamadeira: boa ou ruim?
Independente da situação, ao contrário do que muitos pais imaginam, a mamadeira não é a melhor opção para administrar o leite com o pequeno. Tanto a OMS como a UNICEF não recomendam o uso de mamadeira, nem mesmo nos casos em que se torna imprescindível o oferecimento de alimentos substitutos do leite materno.
O bico da mamadeira é associado à impactos negativos no desenvolvimento do comportamento de sucção do bebê. Ocorre que o bico da mamadeira é artificial e, embora tente reproduzir o mamilo materno, não é uma reprodução fiel – até mesmo por ser de silicone. Com isso, o pequeno acaba exercitando músculos faciais diferentes para sugar o bico artificial.
Problemas do uso
A consequência disso é uma dificuldade do bebê em sugar o leite materno, uma vez que a musculatura que deveria ser utilizada para o aleitamento não foi exercitada e, tampouco, fortalecida.
A exposição a bicos artificiais está intimamente ligada a pega errada do bebê, além da redução do tempo de aleitamento materno e do contato mãe-bebê. Em alguns casos pode levar ao desmame completo e precoce, além de favorecer a ocorrência de inúmeros problemas de saúde, incluindo déficits no sistema estrutural e motor orofacial.
Alternativas para a mamadeira
Copinho
O aleitamento por meio de copinhos é um dos métodos alternativos mais aconselháveis para os pequenos. Embora pareça novo, esse item é utilizado há anos e evita a introdução precoce de mamadeira na rotina do bebê.
Com essa opção, não há uma reprodução “mal feita” do mamilo da mãe, o bebê determina o seu próprio consumo, em termos de tempo e de quantidade; despende pouca energia; estimula o desenvolvimento e a coordenação dos reflexos de sucção e deglutição; estimula a secreção da saliva e das lipases da língua, tornando a digestão do leite materno mais eficiente e é um método fácil de administração de leite.
Com esse método, os movimentos da língua e da mandíbula realizados durante a utilização do copinho são similares aos movimentos necessários para o sucesso da amamentação, e seu uso desenvolve os músculos responsáveis por esses movimentos.
Seringa ou conta-gotas
Os dois métodos podem servir como uma ótima alternativa para bebês recém-nascidos, uma vez que eles consomem uma quantidade de leite pequena por mamada. Essa opção também pode servir como uma fase de transição para outras formas de aleitamento. É importante que a seringa seja posicionada no canto da boca do bebê, para que não haja succção.
Colher dosadora ou comum
Essa alternativa é ideal tanto para bebês recém-nascidos como para os mais crescidinhos, que ainda não conseguem usar o copo sozinhos. No caso da colher dosadora, ela já vem com um recipiente para colocar o leite e possui um sistema que fecha a saída do leite. Uma ótima facilidade dessa colher é que pode ser levada para onde for já com o leite disponível.
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