A enxaqueca, um dos tipos de cefaleia, é um incômodo conhecido por grande parte das brasileiras, sendo ainda mais comum nas que estão em idade fértil.
As mulheres que já têm as dores com frequência, contudo, podem relatar a piora dos sintomas durante a gravidez, visto a mudança hormonal que ocorre no corpo. Mas, pelo fato de ser um momento sensível à medicações, a orientação é evitar ao máximo este tipo de tratamento. Entenda mais abaixo.
O que causa a enxaqueca?
Os motivos para se ter enxaqueca, caracterizada por dores latejantes mais em um lado da cabeça, são os mais diversos, variando desde o anticoncepcional usado até às variações hormonais do ciclo menstrual, por exemplo.
Há também os desencadeadores ambientais, assim chamados pela medicina, como cheiros fortes, alta luminosidade, barulhos frequentes, estresse, alguns tipos de comida e até a postura corporal da pessoa, quando tensionada.
Enxaqueca na gravidez
Durante a gestação, segundo a médica obstetra Carolina Curci, os baixos níveis do hormônio estrogênio podem favorecer o aparecimento da dor de cabeça nas mulheres que já possuem a tendência. “Mas, já no fim da gravidez, eles aumentam, o que garante a menor incidência dos quadros de enxaqueca”, pontua ela.
As medicações podem entrar em ação por meio de ações rápidas e endovenosas – ministradas diretamente na veia – apenas no casos mais graves de enxaqueca na gravidez, recomenda a especialista.
Assim é o caso da influenciadora Virginia Fonseca, por exemplo, diagnostiscada com celafeia refratária (ou seja, que resiste a mais de uma classe de medicamentos no tratamento). Durante as crises que teve em sua segunda gravidez, ela foi monitorada de perto e recebeu eventuais medicações na veia para o controle da dor.
“Dificilmente a mulher que possui crises de enxaqueca passará ilesa à condição ao longo da gravidez. Por isso, o mais indicado é ser avaliada por um um neurologista para adaptar as medicações usadas, antes de engravidar, evitando, assim, riscos ao bebê”, explica Carolina.
Entretanto, ter dor de cabeça na gestação não é algo a se ignorar. Quando o quadro é acompanhado por pressão alta, inclusive, pode estar relacionado ao desenvolvimento de pré-eclâmpsia e outras complicações vasculares perigosas para a mãe e o feto.
Como evitar?
Grávidas que têm dores de cabeça relacionadas à tensão e estresse podem encontrar a solução em uma alimentação balanceada e atividades relaxantes, como a prática da ioga e meditações guiadas – que podem ser encontradas em vídeos na web.
“São excelentes alternativas não só para o alívio das dores, mas também para uma melhoria no estado emocional e mental”, aconselha a médica.
Nesse sentido, exercícios físicos, antes combinados com o médico que acompanha o pré-natal, também são positivos no controle das crises de enxaqueca. “As atividades liberam hormônios que colaboram para o alívio da tensão e o favorecimento do relaxamento”, diz Carolina.
