Pequenos grandes cuidados > Fraldas e mamadeiras

Segundo as pediatras, a mamadeira jamais deve ser a primeira opção na hora de alimentar a criança, mesmo que a produção de leite materno esteja insuficiente ou que não seja mais possível dá-lo. “O ideal é que a criança mame no seio e, após a fase do desmame, seja oferecido a ela um copinho com bico ou um copinho comum”, recomenda Renata Waksman.

A região das fraldas é muito delicada e sujeita a ficar abafada, úmida, quente e ainda em contato com fezes e urina. Além disso, alguns produtos usados para a higiene dessa região também podem causar irritações

Para usá-la adequadamente, o bico da mamadeira deve ser ortodôntico e com formato anatômico. A criança precisa empregar nele uma força quase igual à que ela empregava quando sugava o seio. Por isso, o bico deve não deve sofrer mudanças, como o aumento do furo para facilitar a saída do líquido. “A criança só conseguirá fazer o exercício necessário ao fortalecimento de sua musculatura se tiver dificuldade para mamar”, lembra a pediatra.

Fraldas

Ao escolher as fraldas, verifique todas as especificações do produto e avalie o tamanho de acordo com o peso do bebê. Isso pode variar com a marca; portanto, é necessário ler as embalagens com atenção para assegurar que o tamanho escolhido é o ideal para o seu filho. É importante levar em conta outras características importantes, como a presença de barreiras laterais, que impedem vazamentos, e o formato da fralda, que deve proporcionar liberdade de movimento à criança.

Existem diferenças entre as fraldas para recém-nascidos e para os “maiorezinhos” que não dizem respeito só ao tamanho. As destinadas aos bebês pequenos são confeccionadas com material mais macio, para proteger a pele sensível e delicada, e alguns modelos ainda possuem recorte na parte frontal para evitar o atrito entre a fralda e o umbigo do bebê. “Há, também, as fraldas noturnas, que oferecem proteção prolongada, pois contêm gel absorvente que deixa a fralda sequinha por mais tempo, além de barreiras contra vazamentos”, menciona Renata Waksman.

A pediatra observa que é preciso pensar no conforto e na eficácia, e, depois da compra, cuidar bem da higiene. “A região das fraldas é muito delicada e sujeita a ficar abafada, úmida, quente e ainda em contato com fezes e urina. Além disso, alguns produtos usados para a higiene dessa região também podem causar irritações. Assim, o melhor é procurar deixar o bebê sempre seco, trocando-o o mais rápido possível após evacuar ou urinar”, destaca a pediatra, que recomenda, para a limpeza, usar apenas água morna, lavando bem e secando em seguida, sem esfregar. O uso de um creme protetor, indicado pelo médico, também ajuda a prevenir problemas na pele.

Para a higiene

A presidente do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP lista os produtos permitidos para fazer a limpeza do bebê sem riscos à saúde. Devem ser levados na bolsa: água morna, garrafa térmica, algodão (em discos, rolo ou bolinhas), creme protetor (por indicação do pediatra), fraldas descartáveis ou de pano, fita crepe e gazes, umedecidas em água. Os lenços umedecidos são opcionais, usados apenas se a pele do bebê tolerar. Para o banho, utilize sabonete neutro líquido, algodão, toalha de algodão macia, escova macia e pente com pontas arredondadas. Não há necessidade de passar xampu nos primeiros seis meses de vida – depois disso, dê preferência a um xampu neutro e que não provoque ardência nos olhos. “Talco, perfume, condicionador e cotonete não são necessários e podem representar riscos para o bebê”, enfatiza a pediatra.

Para cortar as unhas do bebê, escolha uma tesoura com ponta romba ou um cortador pequeno. A boca do neném também necessita de cuidados e limpeza, desde o nascimento. Antes dos dentinhos aparecerem, a higiene bucal deve ser feita com água filtrada e gaze, cerca de duas vezes ao dia. A escovação dentária deve começar assim que os primeiros dentes surgirem, inicialmente com “dedeira” e pasta sem flúor. Depois que estiverem maiores, passe para a escova infantil macia, usando a quantidade equivalente a um grão de arroz (já que a criança provavelmente vai engolir) de pasta de dente sem flúor, até os sete anos de idade.