Quem é Carlos González, pediatra que quebra regras e muda maneira de criar filhos?

por | mar 27, 2019 | Gravidez e bebês

Carlos González não é um pediatra típico: o médico espanhol incentiva os pais a quebrarem regras e não punir os pequenos com castigos ou repreensões inúteis. Diz que os adultos precisam respeitar mais as crianças e, especialmente, amá-las incondicionalmente.

Não é à toa que este pai de 3 filhos vai na contramão de muitos profissionais com ideais antigas sobre a criação dos pequenos. Autor de oito livros sobre a educação infantil, entre eles best sellers como “Meu filho não come” e “Manual Prático do Aleitamento Materno”, González é adepto da criação com apego, instinto e compreensão.

Ideias do pediatra Carlos González

Em seus livros, o pediatra não fala aos pais o que eles devem fazer, mas sim como olhar de maneira diferente às situações que envolvem o universo dos filhos. Da alimentação ao sono, até a disciplina.

Veja o que ele pensa sobre os principais assuntos que abrangem a criação dos pequenos:

Educação com base no apego (e no amor)

No livro “Bésame Mucho: como criar seus filhos com amor”, González afirma que com tantas informações desconexas que permeiam a maternidade e a paternidade, fica difícil para os pais saberem por onde ir, o que seguir. Os bebês não vêm com “manual de instruções”, mas diante de tantas teorias e conceitos diferentes, os pais precisam mais que nunca confiarem em seus instintos para educar os filhos.

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Partindo deste princípio, o médico defende que colo, carinho e afeto nunca prejudicou ninguém. E nunca é demais. Especialmente para os bebês e crianças pequenas. O pediatra defende a educação dos filhos com base no amor, respeito e liberdade, claro, sempre impondo limites no processo de aprendizagem.

Para ele, as crianças precisam compreender desde cedo o que é o autocontrole, por meio de uma disciplina positiva. Os pais precisam ensinar o que é certo e o que errado sem agressões verbais, gritos ou palmadas, que só fazem os pequenos a assimilar amor com agressão.

Dilemas da amamentação

O autor da obra “Manual Prático de Aleitamento Materno” afirma não existe hora certa para amamentar o bebê, se opondo à regra de alimentar o pequeno de 3 em 3 horas. Para González, a livre demanda é importante pelo tempo em que a mãe e o bebê quiserem. A hora certa, segundo ele, é quando o bebê pede porque está com fome. Ou quer conforto e aconchego.

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O pediatra reitera que muitas mães deixam o aleitamento de lado ou não amamentam as crianças por falta de informação e até instrução por parte das maternidades, que muitas vezes conta com profissionais despreparados para auxiliar os pais em muitas questões que envolvem a amamentação.

Meu filho não come!

Já no livro “Meu filho não come”, Carlos González defende que as crianças precisam aprender a se alimentar sozinhas e que devem ter sua autonomia respeitada. Se elas estiverem com fome, vão comer. Não adianta os pais obrigarem os pequenos a consumir esse ou aquele tipo de alimento.

O pediatra também afirma que o exemplo da boa alimentação vêm dos responsáveis: não há como ensinar o pequeno a apreciar ingredientes saudáveis se esse não é um hábitos dos país.

Alimentação e educação infantil