Ressonância magnética que revela laço entre mãe e filho se tornou tributo à maternidade

Se imagens de um ultrassom de gravidez já te deixa emocionada, vai precisar conter as lágrimas ao observar o registro de uma ressonância magnética que, pela primeira vez, revelou uma conexão afetiva entre mãe e filho.

A ressonância magnética é um exame de imagem capaz de mostrar com definição as estruturas internas dos órgãos, sendo essencial para diagnosticar vários problemas de saúde. Essas máquinas transformam campos magnéticos e ondas de rádio em imagens claras do seu interior e fazem isso por meio de um imã, trinta vezes mais poderoso que o campo magnético da Terra.

Amor entre mãe e filho é registrado em ressonância

Feito no laboratório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, nos Estados Unidos, o exame de ressonância mostra a mãe, Rebecca Saxe, neurocientista e professora de neurociência cognitiva, e seu filho, de dois meses.

A ressonância magnética foi realizada em 2015, mas apenas recentemente se tornou popular na internet ao ser considerado um verdadeiro tributo à maternidade. O motivo é simples: detecta o amor entre mãe e filho, de forma científica.

Em um artigo para a revista Smithsonian, a própria neurocientista afirma que, ao observar a imagem, as pessoas se sentiram atraídas pela maneira como as duas figuras, com roupas, cabelos e rostos invisíveis, tornaram-se universais e poderiam ser qualquer mãe e filho humano, a qualquer momento ou lugar da história.

O registro do beijo é significativo, pois mostra os efeitos biológicos que a carícia produz nos seres humanos. O beijo provoca no cérebro uma reação química, que inclui maior liberação de oxitocina, popularmente conhecida como o “hormônio do amor”.

Dopamina e serotonina, outros hormônios relacionados ao prazer, humor e bem-estar também são liberados com a ativação de áreas no cérebro causadas pelo beijo.

Mãe e filho são um poderoso símbolo de amor e inocência, beleza e fertilidade. Embora esses valores maternos possam ser venerados, eles geralmente são vistos em oposição a questões como intelecto, progresso e poder. Mas sou neurocientista e trabalhei para criar essa imagem, diz Rebecca.