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De férias, Marcos Mion e Suzana Gullo têm mostrado registros lindos em família e, ao postar um vídeo em que Romeo – filho mais velho do casal, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) – aparece olhando fixamente nos olhos do pai por um longo intervalo de tempo, o apresentador descreveu o ato como uma grande vitória.
O pediatra e neurologista infantil Clay Brites explica por que algo que parece tão simples para a maioria das pessoas pode ser um enorme desafio para alguém com TEA.
Por que é uma vitória Romeo olhar nos olhos do pai?
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Conforme explica o médico, que também é um dos idealizadores do Instituto NeuroSaber, pessoas com autismo podem apresentar muita dificuldade em manter contato visual com outras pessoas, e isso se deve à forma como o cérebro delas percebe certas coisas.
“A criança, o jovem autista, tem uma dificuldade de percepção das formas regulares e naturais da face. A face humana, para o paciente com autismo, gera, muitas vezes, um incômodo muito grande, uma dificuldade de compreensão, de manutenção por incômodo de percepção”, afirma o médico, comparando esta dificuldade à dificuldade natural do ser humano em encarar o Sol por muito tempo.
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Enquanto esta dificuldade de olhar o Sol é algo visual, a questão de pessoas com autismo em relação a rostos é uma dificuldade ligada à percepção – algo que acaba por criar uma espécie de fobia. “Além disso, as áreas do cérebro responsáveis pela empatia voltada para o contato visual também são deficitárias, então esse paciente não sente necessidade de olhar nos olhos”, afirma Clay.
Este momento, portanto, mostra que Romeo tem quebrado barreiras relacionadas ao autismo – e, de acordo com o neurologista, isso significa que o tratamento e a terapia que ele vem fazendo ao longo dos anos provavelmente têm sido proveitosos.
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