Depois de lavadas, as roupas devem ser torcidas e colocadas para secar. O ideal é que fiquem em lugares frescos, arejados e ensolarados. Ainda que as secadoras não estejam proibidas, o sol traz muito mais benefícios. “Temos um grande desinfetante natural que é o sol da manhã. Ele possui um comprimento de onda que protege contra bactérias e germes. Por isso era tão comum no início do século XX, nas enfermarias, colocar colchões e cobertores ao sol”, relembra Othon. Os sapatinhos precisam de uma dose extra desse aliado. É comum que os bebês transpirem muito pelos pés. Por isso, os calçados devem ser colados aos sol depois do uso para evitar cheiros desagradáveis, umidade e fungos.
Outro aliado no combate a microorganismos é o ferro de passar. Ainda que não seja 100% seguro, “o próprio calor do ferro consegue combater parte dos ácaros”, afirma Grants. E Othon sugere: “As mamães que quiserem uma proteção a mais podem colocar a roupa em uma bacia com água fervendo e depois colocar para secar ao sol”.
Ao guardar as roupinhas do bebê no armário, a mãe precisa ter em mente que não deve colocar naftalina ou sachês para dar cheiro, pois o que pode ser agradável para nós, pode ser um incômodo para o bebê
Direto para o armário
De nada adianta lavar as roupas corretamente, colocar para secar ao sol e na hora de guardar permitir que fungos e ácaros se apoderem dos tecidos e afetem a pele da criança. “Ao guardar as roupinhas do bebê no armário, a mãe precisa ter em mente que não deve colocar naftalina ou sachês para dar cheiro, pois o que pode ser agradável para nós, pode ser um incômodo para o bebê”, argumenta. O uso de sacos plásticos não precisa ser feito no dia-a-dia, exceto em determinados armários. “Quem possui armário vazado deve ensacar as roupas para que elas permaneçam limpas e evitem o contato com insetos”, recomenda Grants. A dica dos sacos também pode ser usada em roupas que só serão usadas na estação seguinte. Mas lembre-se de lavá-las antes do uso.
Ele já está grandinho
Os especialistas apontam que após quatro meses de idade o bebê já está com seu sistema imunológico mais desenvolvido e o sabão de coco já pode ser substituído pelos sabões em pó. No entanto, o amaciante deve ser evitado até o sexto mês. “Chega uma hora em que a criança começa a interagir com o meio ambiente, já anda, coloca a mão no chão, vai para a terra. Você não tem mais como controlar e frear esse encontro com bactérias, fungos, micróbios”, argumenta Ana Cristina, que acredita que essa fase é de extrema importância. “É necessário que a criança entre em contato com as bactérias normais da vida. Estudos apontam que o excesso de cuidados pode ser prejudicial”, afirma.
Porém, algumas exceções devem ser feitas. “Se os membros da família trabalham em ocupações que sujam muito as roupas ou que apresentem algum risco de contaminação, como médicos de UTI, as roupas da criança – independentemente da idade -, e até dos demais membros da família devem ser lavadas em separado”, finaliza Othon.