Nenhum estudo apresenta grande benefício no uso de suplementos dietéticos para a gestante, a não ser naquelas subnutridas ou com comprometimento da saúde grave. Porém, algumas vitaminas específicas devem ser repostas, a necessidade de ácido fólico está aumentada, sendo recomendada a reposição durante toda a gestação, o que evita defeito no tubo neural do feto e desenvolvimento de anemia.
Leia também:
Voltando à forma: controlando a boca nervosa
Pai: pelo direito de ser coruja
Outra causa comum de anemia na gestante é a anemia por deficiência de ferro, isso se deve ao fato da placenta e o feto consumirem cerca de 20% de todo o ferro circulante do organismo. Geralmente a partir da 20ª semana o ferro adquirido na dieta se torna incapaz de suprir as necessidades materno-fetais. Nesse caso, recomenda-se a reposição de sais de ferro desde a 16ª semana de gestação, até a 8ª semana pós-parto.
A reposição de outras vitaminas ou minerais são reservados para casos específicos, por exemplo, uma paciente que não consome produtos a base de leite, recomenda-se a reposição de cálcio, ou uma paciente que seja vegetariana exclusiva, deve-se repor vitamina B12 e vitamina D. Quanto à administração de flúor para a gestante, a fim de evitar cáries, ou mesmo auxiliar na formação da dentição do recém-nato, os estudos atuais não mostram algum benefício nesta ação, ainda mais pelo motivo de consumirmos água fluoretada.
A gestante não deve consumir polivitamínicos sem acompanhamento médico ou nutricional. Existe um risco elevado em malformações fetais com consumo exagerado de vitamina A. Assim como alguns alimentos devem ser restritos ou mesmo evitados durante a gestação, geralmente isso se deve ao potencial tóxico desses alimentos, entre eles estão: peixes, cafeína, carnes cruas, frutas e vegetais não-lavados, além de produtos não-pasteurizados.
O acompanhamento pré-natal envolve diversos fatores, porém muitas vezes a dieta é pouco abordada. Devemos lembrar que o controle nutricional da gestante, antes mesmo da concepção, pode prevenir algumas doenças. Para isso o acompanhamento de um nutricionista pode ser de muita valia, assim como prescrições de dietas específicas.
