O colágeno é um tipo de proteína que tem por função dar sustentação às células. Ele é o principal componente proteico da pele, ossos, cartilagens, ligamentos, etc. e é o responsável por dar firmeza e elasticidade à pele do rosto e corpo.
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Nosso organismo produz essa substância naturalmente. No entanto, na idade adulta, por volta dos 50 anos, é possível perceber uma queda significativa em sua fabricação graças ao aspecto flácido que nossa pele adquire. Segundo a nutricionista Glaucia Braggion, uma alimentação balanceada é capaz de suprir, sozinha, a necessidade de síntese de colágeno no corpo. “No entanto, sabemos que muitas pessoas não conseguem manter uma dieta equilibrada todos os dias, continuamente. Por isso, o uso de suplementos alimentares à base de colágeno pode ajudar bastante”, afirma.
Os alimentos ricos em colágeno são as proteínas animais, encontradas em ovos, leite e carnes em geral. No entanto, para que o corpo seja capaz de absorver propriamente a substância, é necessário ter disponível no organismo vitaminas e minerais, nutrientes que dão substrato para o corpo produzir colágeno. Eles são abundantemente encontrados nas frutas e verduras.
A reposição do colágeno através de suplementos pode e deve começar antes dos 50 anos, especialmente para as pessoas que têm dietas restritas, como os vegetarianos. “A orientação de consumo depende da quantidade de proteína que a pessoa consome diariamente, o que deve ser avaliado por um especialista. A efetividade do tratamento também depende do mesmo fator: vegetarianos vão se beneficiar de uma dose maior de suplemento e certamente vão perceber melhores resultados”, explica Glaucia.
A suplementação deve ser feita com o colágeno hidrolisado, que é concentrado e tem alta digestibilidade. A nutricionista indica os produtos em pó, que podem ser misturados em água, sucos, etc. e não possuem gosto, ou em cápsulas. Ambos são facilmente encontrados em farmácias de manipulação e lojas de produtos naturais, mas só devem ser consumidos após a indicação de um profissional da saúde. “Algumas marcas contêm só o colágeno hidrolisado, e outras apresentam, além dele, a combinação de diferentes aminoácidos e algumas vitaminas e minerais. As fórmulas mais completas são mais eficazes”, recomenda.
Além dos benefícios para a pele, o colágeno ajuda a manter a estrutura das articulações e evita desgastes com o envelhecimento. “É uma boa terapêutica para quem tem artrose ou inflamação nas articulações”, diz Glaucia. Ele ajuda também no fortalecimento dos cabelos, unhas e estrutura muscular. “Há vários tecidos no organismo que contêm colágeno. Nestes, o efeito é regenerador”, explica.
Se ingerido conforme orientação do fabricante e indicação médica, o suplemento à base de colágeno não apresenta risco à saúde. “Nada mais é do que proteína quebrada. É como ingerir um alimento”, compara Glaucia. No entanto, a nutricionista alerta que ingerir proteína animal e suplementos de colágeno em excesso pode ocasionar ganho de peso e sobrecarga nos rins e fígados.
Mitos
Segundo a especialista, a crença de que comer gelatina ajuda na firmeza da pele é um grande mito. “Essa que compramos no mercado para fazer em casa tem quantidades muito pequenas de proteína, não dá resultado”, afirma.
Outra lenda é que a suplementação de colágeno ajuda a disfarçar a celulite. “A celulite é um processo inflamatório que envolve outros tecidos, principalmente o gorduroso. O colágeno age somente na pele, não na camada de gordura, e não é anti-inflamatório. Ele ajuda a melhorar o aspecto da pele, mas não combate a celulite. Para isso, é preciso perder gordura“, esclarece.
Segundo Glaucia, apesar de melhorar a textura e aparência da pele, reforçando sua estrutura e tratando a flacidez, não há estudos científicos que comprovem a eficácia do colágeno no retardamento ou reversão do processo de envelhecimento.
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