Modelo com nanismo e hidrocefalia que desfilou na SPFW tem história de pura superação

por | out 30, 2019 | Comportamento

Rebeca Costa, modelo de 26 anos que tem nanismo, fez sua estreia nas passarelas da São Paulo Fashion Week na última edição do evento. Com 1,20 m de altura, ela teve que enfrentar várias dificuldades para chegar ao maior evento de moda do Brasil — ela já ficou com as pernas paralisadas e também tem hidrocefalia, condição caracterizada pelo acúmulo de líquido no crânio.

Modelo com nanismo teve que superar adversidades

Alguns anos atrás, Rebeca teve que começar a tomar um remédio que a fez ganhar muito peso. A pressão na coluna gerada pelo ganho de peso causou uma paralisia nas pernas da modelo.

“Fiquei sem andar, e, quando voltei, andava com muita dificuldade. Quando perdi a mobilidade comecei emagrecer, e, com isso, retomei meus movimentos”, disse. Aos poucos, com atividade física e reeducação alimentar, a modelo conseguiu voltar a andar.

Já a hidrocefalia, que pode deixar a cabeça maior e mais inchada que o normal, pode acontecer com qualquer pessoa e não tem causa definida, podendo envolver fatores genéticos e outras doenças.

Agora, além da carreira como modelo, ela também compartilha sua trajetória no Instagram, falando sobre aceitação e autoestima. “Meus amigos queriam saber como eu adaptava minhas roupas, já que nanismo sempre teve a fama de usufruir roupas infantis, e eu quero derrubar esse mito”, explica.

Rebeca quer mostrar que a moda pode ser muito inclusiva — ela dá dicas de onde encontrar bons sapatos com números menores e a adaptar peças de roupa, por exemplo.

Participar do Fashion Week foi uma maneira de comprovar que pessoas com nanismo também podem usar roupas bonitas e estilosas.

Ela conta que, desde criança, aprendeu a encarar o nanismo como apenas mais uma de suas características, e que nunca deixou que os outros a diminuíssem por causa de sua estatura: “O nanismo não me atrapalha, mas sim me abençoa”, comentou em uma publicação no Instagram.

“Eu nunca neguei as batalhas que o nanismo me proporciona e nem ao menos escondi elas de ninguém… Mas só eu sei tudo o que passei para me tornar essa obra que sou hoje”, afirmou.

Histórias de superação