Qual a diferença (na prática) entre desejo sexual, amor e apego?

As variações de humor, comportamento e o turbilhão de sentimentos envolvidos nas questões afetivas nem sempre deixam claro o que realmente estamos vivendo no momento. Seria um grande amor ou uma paixão passageira? Carinho ou tesão? Entender o que cada coisa significa ajuda a acabar com as dúvidas.

Amor, desejo ou apego: como identificar?

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Em uma entrevista para o site da rede CBC, Helen Fisher, antropóloga biológica e pesquisadora sênior do Instituto Kinsey, explica que, na prática, é possível descobrir as principais diferenças entre desejo sexual, amor e apego.

De acordo com a especialista, o desejo sexual pode ser algo basicamente físico, baseado em luxúria, e orquestrado pelo “chamado” da testosterona no corpo tanto de homens, quanto de mulheres. É algo instintivo, quase primitivo, que não exige qualquer afetividade, compromisso ou empatia.

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O amor romântico, por sua vez, permite que você concentre sua energia em apenas uma pessoa de cada vez, sem desviar o foco do objeto de afeto. É orquestrado, segundo a antropóloga, pelo sistema de dopamina, neurotransmissor fundamental para a motivação, orientação e produtividade. Ou seja, o amor romântico exigiria um comprometimento e um “trabalho” em função do sentimento para ser colocado em prática.

Helen termina explicando que o apego afetivo é aquele que permite que você fique ao lado de determinada pelo menos o tempo suficiente para gerar laços que vão além da dupla, como criar uma criança juntos, por exemplo. É impulsionado basicamente pela oxitocina e sistema de vasopressina, que promovem sensação de calma, respeito, além de união e conexão cósmica.

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