Depressão, ansiedade e outros transtornos que afetam a saúde mental ainda hoje são encarados por muitas pessoas como algo “banal”, provocados pelo próprio portador e, não raro, minimizados por serem considerados uma espécie de fraqueza de caráter. A ciência já comprova que quem sofre de doenças do gênero não pode ser responsabilizado e um novo estudo publicado na revista Current Biology reafirma a teoria.
Pessoas ansiosas são “diferentes”
De acordo com a pesquisa, existem diversas evidencias que condições que afetam a saúde mental possuem raízes genéticas e fisiológicas, analisadas em variações físicas, e que o mundo é percebido de maneira diferente por pessoas que sofrem de ansiedade, por exemplo, já que o fato está relacionado com a plasticidade do cérebro ou sua capacidade de se reorganizar e formar conexões.
Como as mudanças no cérebro são responsáveis por indicar como um indivíduo percebe estímulos, foi notado pelo trabalho científico que eles são distinguidos de maneira menos clara por pessoas com diagnóstico de ansiedade crônica, que não conseguem fazer a diferença entre os que são seguros, neutros ou ameaçadores
Depois de experimentar uma situação de emoção, pessoas ansiosas apresentam uma plasticidade mais duradoura, significando que o cérebro se mostra pouco capaz de diferenciar sentimentos inéditos e banais dos comuns e tradicionais e que não oferecem ameaça, o que resultaria em uma resposta de ansiedade que não pode ser racionalmente controlado pelo indivíduo.
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