Chip da beleza promete pele perfeita, mas efeitos colaterais são maiores que benefícios

por | jun 9, 2022 | Saúde e bem-estar

Feito de silicone, tem cerca de três centímetros e é geralmente implantado abaixo do glúteo de quem deseja melhorar a aparência e ter um efeito anticoncepcional: esse é o chip da beleza.

Ao prometer a queima de gordura, definição da musculatura e benefícios para a pele, ele conquistou diversas famosas nos últimos tempos. Contudo, um relato sincero da ex-BBB Flay mostrou um outro lado a ser considerado. Seu o uso pode ocasionar acne severa, dentre outros efeitos colaterais.

O que é o chip da beleza?

Fizkes / IStock

Após uma anestesia local e um pequeno corte, o hormônio gestrinona é o principal a ser inserido no corpo em formato de um chip. Além do efeito androgênico, ele tem o potencial de aumentar os níveis de testosterona (hormônio masculino) na mulher.

Entretanto, não há estudos que comprovem a eficácia do chip, assim como ele também não é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nem recomendado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

O chip da beleza e a acne

Fizkes/IStock

Apesar da falta de comprovação e regulamentação, ainda assim alguns ginecologistas o prescrevem para tratar condições como endometriose, adenomiose, menstruação excessiva, miomas, TPM ou reposição hormonal da menopausa.

O efeito estético não costuma ser totalmente garantido, diferente dos efeitos colaterais. Por conta da quantidade hormonal no chip, a acne, queda de cabelo, alteração da voz e o aumento do clitóris são alguns deles.

“Mulheres com obesidade ou que possuam a síndrome dos ovários policísticos, com sedentarismo e alimentação não saudável também podem sentir mais”, explica a endocrinologista Paula Pires.

Flay, por exemplo, contou no Instagram que o chip “destruiu” sua pele. Com uma foto de como ela ficou após o uso, a ex-BBB celebrou que o efeito logo acabaria. “Eu nunca tive espinhas no rosto na minha vida inteira”, desabafou.

Reprodução/Instagram

Segundo a especialista, a troca levaria 5 meses, em média. Além disso, é importante lembrar: “Após retirada do implante, a menstruação pode demorar de 60 a 90 dias para regularizar”, pontua.

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