Ter filhos é uma ciência. Mais do que uma frase, é um dos pilares que dão significado ao livro “O cérebro da criança explicado aos pais” (em tradução livre), do especialista em neuropsicologia Alvaro Bilbao, que tem como objetivo ajudar os pais a estimular a inteligência de seus filhos.

E, certamente, um dos capítulos mais úteis para os leitores é a referência ao castigo, que o autor considera “uma estratégia desajeitada e pouco desenvolvida de educar as crianças”. Para Bilbao, uma das consequências mais graves é o fato de que criança se define através da punição, o que pode afetar sua autoestima. Para evitar este caminho, o especialista aponta cinco truques para dar limites às crianças, sem puni-las.

Estabeleça regra sem conflito

1. Ajude a criança a alcançar seus objetivos
O especialista recomenda antecipar o fracasso que desencadearia a discussão e dar às crianças ferramentas para resolver os seus problemas. O autor dá um exemplo prático: “Se você sabe que seu filho tende a morder a irmã quando fica frustrado, não espere que aconteça, ajude-o a não mordê-la ficando perto dele quando observá-lo frustrado, e ajude-o a se controlar”.

2. Mostre e deixe claro as consequências
Antes de se aborrecer, o especialista aconselha criar uma relação de causa-e-consequência com a criança. “Vamos supor que sempre há argumentos e birras quando os brinquedos ficam espalhados. Os pais podem definir a regra de que ninguém pode obter um outro brinquedo até que guarde o não está usando”.

3. Altere a perspectiva
Se trata de simplesmente dar um giro positivo à ação de corrigir a criança. “O padrão pode ser: aqueles que se comportam bem durante o lanche podem ver desenhos animados. Desta forma, a atenção será focada no bom comportamento e o cumprimento da norma está associado a um sentimento de satisfação”.

4. Repare suas ações
Ensine às crianças que suas ações têm consequências e que saber repará-las é essencial. “Quando uma criança bate no irmão, corrigir o dano significa pedir desculpas e dar um beijo”, aconselha Bilbao.

5. Se recorde de suas necessidades
O especialista também sugere a ‘lição de casa’ para os pais: “É preciso lembrar que todas as crianças precisam de muito tempo para brincar e ter atenção de seus pais.”

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