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Já na fase final de sua primeira gestação, Titi Müller agora está só na contagem regressiva. Mas, com cerca de sete meses, a apresentadora passou por um verdadeiro susto.
Sentindo fortes dores na região do apêndice, ela descobriu que estava com pedra nos rins e precisou passar por um tratamento.
Pedra nos rins na gravidez
Apesar de pouco abordado, é possível que as gestantes tenham crises renais e necessitem de tratamento especializado. No caso de Titi Müller, as fortes dores causaram estranheza durante a madrugada e fizeram com que ela fosse às pressas para o hospital. “Consegui desenvolver grávida, ao mesmo tempo, durante uma pandemia, infecção urinária, pedras nos rins e um estiramento de um ligamento uterino. Mas estou devidamente medicada e melhorei bastante da dor”, contou na época.
Em entrevista ao VIX, o professor de Urologia na Faculdade de Medicina do ABC e chefe do Grupo de Litíase Urinária e Endourologia, Dr. Antônio Correa Lopes Neto, falou sobre como se desenvolvem e tratam as pedras nos rins durante a gestação. “Atualmente estima-se que ao redor de 8-10% da população tem pedras nos rins. É uma situação frequente no nosso dia dia. Apesar da gestante ter algumas alterações metabólicas que predispõe à formação de pedras, a incidência na gestante não é maior”, afirmou.
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Pedro nos rins na gravidez é perigoso?
O surgimento das pedras nos rins durante a gestação pode causar algumas complicações em seu curso, como parto prematuro e abortos naturais. No entanto, quando tratadas corretamente, não tendem a causar riscos à saúde do bebê.
“A maioria das pedras na gestação podem ser tratadas de forma conservadora, apenas com medicação e hidratação. Quando são cálculos menores que 1 cm, 70-80% delas serão eliminadas espontaneamente”, explica o especialista. Já em casos de dores intensas, alguns procedimentos são utilizados no alívio da dor.
Como tratar?
“Atualmente optamos por intervenções endourológicas, onde são utilizados endoscópios e equipamentos que oferecem uma abordagem minimamente invasiva segura para mãe e bebê. Pode-se apenas colocar um catéter internamente para desobstruir o rim ou até mesmo remover a pedra, dependendo do caso”, sugere.
Com relação aos exames, Dr. Antônio destaca a necessidade de parcimônia. “Cuidado deve ser tomado com exames que utilizem irradiação, principalmente no 1º trimestre. Estes exames podem trazer efeitos deletérios ao desenvolvimento do bebê”, afirma.
No caso de Titi Müller, a infecção urinária pode estar completamente ligada ao surgimento de pedras nos rins. No entanto, o urologista afirma que esta não é uma relação comum durante a gestação, mas, sim, o contrário: “A presença das pedras podem desencadear quadros de infecções urinárias baixas e pielonefrites que são quadros mais graves, quando a infecção urinária atinge os rins”.
Sintomas de pedra nos rins na gravidez
Por serem comuns quadros de dor na região próxima aos rins durante a gestação, o médico sugere que a grávida fique atenta à intensidade e localização da dor, além de outros sintomas.
“A percepção de alguma dor de aspecto diferente, mais intensa, em cólica, na região lombar, unilateral (direito ou esquerdo) deve ser suspeita para dor de origem calculosa, assim como a presença de sangue na urina e sinais de infecção urinária devem ser investigadas”, explica.
Além disso, grávidas com antecedentes de cálculo renal também devem acompanhar mais de perto.
