Preta Gil, de 48 anos, foi diagnosticada recentemente com câncer no intestino – tipo que, segundo o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, é o terceiro mais comum no Brasil, sendo o segundo de maior incidência entre as mulheres.
De acordo com a entidade, trata-se de uma doença tratável e, na maioria dos casos, curável quando descoberto de forma precoce.
O que é e como surge o câncer no intestino

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer no intestino é um tumor que se inicia no intestino grosso – na região final do intestino, antes do ânus – e no reto e ânus. Por esse motivo, a doença também pode ser chamada de câncer de cólon e do reto.
Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento do quadro, estão o consumo frequente de álcool e tabaco, alimentação rica em gorduras e pobre em fibras, idade acima de 50 anos e histórico de pólipos colorretais e de doenças inflamatórias do intestino.
A boa notícia é que a doença pode ser prevenida, pois ela costuma se desenvolver a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede interna do órgão e que podem ser retiradas, evitando, assim, que se tornem câncer.
A prevenção da doença pode ser feita adotando uma série de atitudes que levam o paciente a ter uma vida mais saudável no geral. São eles:
- Praticar atividades físicas;
- Evitar o consumo de carne processada (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru e salame);
- Ter uma alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos);
- Não fumar;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Realizar exames anuais a partir dos 50 anos mesmo que não apresentem sintomas, para detecção precoce e tratamento de pólipos.
Sintomas do câncer no intestino

Estar atenta aos sintomas é fundamental para garantir um diagnóstico precoce. O INCA afirma que os sinais de alerta mais associados com o câncer no intestino são:
- Sangue nas fezes;
- Mudança do hábito intestinal;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Alteração no formato das fezes (como fita, achatadas, muito finas e compridas);
- Fraqueza e anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Massa (tumoração) abdominal.
Vale alertar, contudo, que a doença pode não apresentar sintomas quando está no início. Por esse motivo, se fazem tão importantes os exames preventivos.
Exames de rastreamento para o câncer de intestino: quando fazer?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o indicado é que pessoas acima de 50 anos realizem anualmente o exame de sangue oculto nas fezes. Trata-se de um teste laboratorial relativamente simples, que é capaz de identificar se existem pequenos sangramentos nas fezes que são invisíveis a olho nu, causados por pólipos e tumores de intestino.
Se o resultado apontar alguma alteração, o paciente é encaminhado para fazer a colonoscopia, com o qual será possível diagnosticar e tratar possíveis lesões para evitar que elas se transformem em câncer.
Diante de um diagnóstico positivo para a doença, normalmente é feita uma cirurgia como tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada. Depois, são iniciadas as sessões de radioterapia associada ou não à quimioterapia para evitar o retorno do tumor.