Especialistas reforçam a importância do acompanhamento psicológico durante a gravidez – inclusive para mulheres que já realizavam tratamento psiquiátrico antes
A gestação costuma ser lembrada como um período de alegria, mas também é um momento de grandes transformações físicas, emocionais e hormonais.
Não é raro que futuras mães sintam ansiedade, nervosismo, medo ou até insegurança diante de tantas mudanças – e tudo isso é normal. O que requer atenção é quando esses sentimentos ultrapassam o limite do bem-estar e começam a interferir no dia a dia.
Oscilações de humor durante a gravidez: é normal?

Sim, é normal. Isso porque, segundo o Paulo Marinho, coordenador de obstetrícia da Casa de Saúde São José, muitos desses sintomas são manifestações fisiológicas naturais da gestação, mas precisam ser acolhidos.
O apoio da família, especialistas em saúde e de uma rede próxima faz toda a diferença para que a gestante se sinta segura e confiante. Hospitais e maternidades contam com protocolos específicos para acompanhar mulheres com maior sensibilidade emocional.
“Os profissionais vão avaliar a situação de forma criteriosa para optar pela suspensão ou mudança para medicações mais adequadas”, explica o obstetra.

Em grande parte dos casos, o equilíbrio emocional retorna nas semanas seguintes ao parto. Quando isso não acontece, o suporte psicológico e médico deve continuar pelo tempo necessário.
Medicação psiquiátrica na gravidez: parar nem sempre é a solução

Muitas mulheres que já fazem tratamento psiquiátrico acreditam que precisam interromper a medicação ao descobrirem a gravidez.
Mas, de acordo com Alex Olegário, psiquiatra da Casa de Saúde São José, isso não deve ser feito sem orientação.
“O tratamento psiquiátrico pode mudar quando a mulher engravida, mas não no sentido de interromper a medicação de forma abrupta, mas sim de ajustar o plano terapêutico para equilibrar a saúde da mãe e a segurança do bebê”, pontua o especialista.

Afinal, o objetivo é equilibrar o bem-estar emocional da mãe com a segurança do bebê, ajustando doses ou substituindo medicações, sempre sem interrupção abrupta.





