O hábito de tomar banho todos os dias é uma herança indígena, até sendo adquirida pelos portugueses quando chegaram ao Brasil. Atualmente, o costume ainda é levado a sério, inclusive quando o assunto é saúde íntima.
Com tantas opções de sabonetes, hidratantes e perfumes para a região, pode ser difícil encontrar alguma mulher que não dê atenção ao ato de higienizar a própria vagina. Contudo, é importante saber que, neste caso, menos é mais: a verdade é que ela não precisa nem mesmo de muita água para ser limpa.
Como higienizar a vagina?
A vagina, parte interna do aparelho genital feminino, conta com uma flora bacteriana própria, molhada e autolimpante. Sendo assim, introduzir algum tipo de sabonete ou a água da ducha do chuveiro pode desorganizá-la e causar infecções, já que a “barreira natural” existe para evitar que isso aconteça.
Segundo Claudia Milan, fisioterapeuta pélvica, é necessário acabar com o que chamou de um “tabu” que tem, principalmente, cunho machista.
Mas isso não quer dizer que saúde íntima feminina e água não combinam! A orientação é que apenas a vulva seja limpa com água corrente e sabonetes dermatológicos durante o banho – que não retiram a camada gordurosa protetora da pele.
A vulva é a parte externa do aparelho genital, compreendendo tudo que é “visível”, como os lábios maiores e menores, o clitóris e até mesmo os pelos pubianos.
Desde que seja mantido o odor natural da vagina, até mesmo o perfume íntimo está liberado para a parte externa.